Atriz de Malhação cai em depressão após vídeo em site pornô

Por - 07/07/20 às 12:16

Reprodução/Instagram @pillarcostaoficial

Atuação na última temporada de Malhação e as aulas de teatro eram o combustível para a vida de Pillar Costa. Até novembro do ano passado, quando foi surpreendida por um telefonema de seu pai, de 71 anos. Ele ligou de Ubá, em Minas Gerais, lugar em que a atriz nasceu e onde até hoje mora a família.

"Muito nervoso, perguntando se eu tinha vindo para o Rio para virar prostituta", contou Pillar ao jornal Extra. 

Ela não entendeu o motivo daquelas palavras. Até descobrir que havia um vídeo seu na plataforma de conteúdo adulto XVídeos.

"Foi um choque até processar tudo isso. Quando entrei no site e digitei meu nome, achei um vídeo meu dançando funk, de roupa, que tinha gravado para um canal de humor. O título era: a dançarina mais gostosa Pillar."

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Depressão e pensamentos suicidas

O vídeo foi retirado do ar, a pedido dela, em menos de 24 horas. Mas deixou consequências pesadas na vida da atriz.

"Meu pai ficou dois meses sem falar comigo. Muita gente me apontava, me questionava. Descobri que já sabiam antes mesmo de me avisarem e aquilo me consumiu. Não porque me confundiram com garota de programa. Até porque, se eu fosse, ninguém teria nada com isso e não vejo como um problema. A questão é ser exposta sem qualquer defesa ou conhecimento", enfatizou ao Extra. 

Em depressão, Pillar se trancou em casa e não queria ver ninguém.

"Pensei em me matar de verdade. Escrevi uma carta e guardei. Minha irmã Anna Victória é que percebeu minhas atitudes estranhas e pediu ajuda", revelou.

Após terapia, teve o acolhimento das amigas. Mas teve uma recaída no mês passado.

"Acho que as pessoas ficaram sem nada para fazer e ressuscitaram a história, me fazendo questionamentos. Muitos foram os perfis fake na internet. Então, decidi contar tudo".

Vídeo no YouTube

Pillar havia gravado um vídeo aos prantos quando estava no auge da tristeza. E decidiu editar a gravação.

"Aprendi editar e mesclei dois vídeos. Um no qual contava, sofrendo, e outro para dizer o quanto era importante falar sobre o assunto. Daí nasceu o projeto Por um fio, que digo que foi algo divino", explica.

Com o perfil no Instagram, ela orienta outras mulheres a denunciarem abusos, bullying, assédio, e qualquer tipo de violência contra elas. A receptividade tem sido tamanha que ela está fazendo documentários previamente autorizados sobre as histórias que vem recebendo.

"O que eu posso ajudar é com o apoio para que elas mostrem a cara e denunciem o que passam. Digo que não sou psicóloga, mas encaminho para parceiras que dão orientação terapêutica e jurídica. De um episódio doloroso nasceu um projeto que acolhe e abraça. Não tenho um tostão para colocar nisso nem tirar. O objetivo é unir mulheres que passam pelo mesmo para que elas não sejam vítimas para sempre. É preciso transformar o negativo em positivo."

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