Atriz de Preciosa desabafa sobre preconceito em loja famosa
Por Redação - 11/05/17 às 11:26
Conhecida por seu trabalho na pele de Preciosa, no filme que leva o mesmo nome, Gabourey Sidibe enfrentou momentos de constrangimento, recentemente, ao visitar uma famosa loja de grife.
Segundo o site ET Online, tudo começou quando a atriz tentava comprar óculos novos, da marca Chanel, em Chicago. Segundo a artista, a atendente tentou dispersá-la a todo custo, e só a tratou bem quando soube quem ela era.
“A vitrine de óculos estava próxima à porta. Assim que entrei, cumprimentei a vendedora, que me olhou como se eu estivesse perdida ali. ‘Posso dar uma olhada em seus óculos?’, perguntei. ‘Nós não temos nenhum. Nós só temos armações, há uma loja do outro lado da rua que vende óculos’, ela respondeu. ‘Do outro lado da rua?’, perguntei, confusa. ‘Sim. No prédio do outro lado da rua, no quinto andar’. Ela me deu o nome de um cara pra quem eu podia pedir desconto. Eu não tinha ficado nem um minuto em sua frente e ela já estava literalmente dirigindo-me para outra loja”, relembrou Gabourey.
No ar em Empire, na pele de Becky Williams, a atriz continuou o desabafo.
“Eu adoraria fingir que ela estava sendo educada, e tenho certeza que ela adoraria fingir que ela era educada. Sem olhar pra mim, ela explicou como eu deveria atravessar a rua como se eu estivesse no jardim de infância. Eu estava tentando comprar óculos, e ela estava tentando interagir comigo o mais rápido possível. Apenas para ter certeza do que estava acontecendo, eu a obriguei a me dizer para sair, do seu jeito educado-fingido, umas três vezes”, continuou.
Sidibe ainda contou que ainda permaneceu na loja, pois tinha que olhar uma sandália para a amiga, Taraji P. Henson, quando outras funcionárias a reconheceram da TV e a primeira funcionária começou a tratá-la bem.
“Assim, fui de um ser inconveniente para uma cliente. Se eu sou honesta sobre a minha experiência, estou sendo uma pessoa ruim? Tenho que reclamar sobre o terrível serviço quando isso é realmente tudo o que eu já conheci na minha vida? Posso pôr em perigo o trabalho e o sustento de alguém só porque suspeito que ela me tratou como se eu fosse um incômodo baseado na minha aparência? Eu sei logicamente que tenho todo o direito de reclamar, mas estou lutando com a ideia de que eu deveria ser agradável com ela ao invés disso! Isso realmente acontece muito comigo. Minha vida inteira. Tanto antes como depois que me tornei uma atriz reconhecida. Não importa o quão bem vestida eu esteja, eu nunca vou ser capaz de vestir a minha cor da pele para parecer com o que certas pessoas reconhecem como um cliente real. Dependendo da loja, eu pareço uma ladra ou uma perda de tempo. Não parecer haver um meio termo entre a não atenção e a demasiada atenção”, acrescentando que seu biótipo também pode interferir nessa questão.
A atriz não preencheu a pesquisa de satisfação. Porém, depois desse desabafo, a marca resolveu se pronunciar.
“Chanel expressa nosso pesar sincero pela experiência de serviço ao cliente que Sidibe relatou. Lamentamos que ela tenha se sentido indesejada e ofendida. Estamos investigando para entender o que aconteceu, sabendo que isso absolutamente não está de acordo com os altos padrões que a Chanel deseja oferecer aos nossos clientes. Esperamos que no futuro a Sra. Sidibe volte a optar por uma boutique Chanel e sinta a experiência real do cliente Chanel”.
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