Autor desabafa sobre problemas na novela da Record

Em março, Cidadão Brasileiro da Record, era lançada em clima de euforia. Oito meses depois, o cenário é oposto. Com audiência na casa dos 11 pontos, considerada boa para a emissora, o autor da trama, Lauro César Muniz, conversou com a reportagem do jornal Agora S. Paulo, onde desabafou sobre problemas nos bastidores da trama.

Sobre a trama, que termina na próxima sexta-feira (17), o autor revela que durante todos os meses de produção, sua equipe teve sérios problemas que acabaram comprometendo a qualidade da novela.

“Falhas gravíssimas, tanto na parte técnica quanto na produção também. O elenco estava descontente com o Flávio (Colatrello, diretor que deixou a produção em maio). Tudo isso afetou o andamento da novela.”

Sem uma estrutura adequada para produzir a trama em São Paulo, uma vez que a Record investiu pesado em seus novos estúdios (Recnov) na Cidade Maravilho, Lauro Muniz se sentiu sozinho nesta jornada.

“Foram negligentes. Tinha que resolver tudo, até o que não era da minha alçada. Parei três vezes no hospital com taquicardia… Mas tenho certeza que a novela seria outra se fosse gravada no Recnov.”

Sobre a baixa audiência, o autor acredita que faltou investimento. “A novela foi muito bem lançada. Mas parou por aí. Não tínhamos destaque na grade. Decidiram investir tudo em Bicho do Mato, que tinha um perfil mais popular. Me ressenti.”

Sobre próximos trabalhos na Record, Lauro Muniz apenas diz que seu contrato continua, “mas não penso nisso ainda. Quero descansar, estou realmente muito estressado.”

O lado da Record

Por meio da assessoria de imprensa, a Record respondeu às declarações do novelista para reportagem do jornal Agora. O gerente de comunicação, Ricardo Frota, afirmou que a emissora entende o descontentamento do autor e admite que a ampliação do Recnov, centralizou as atenções do diretor de teledramaturgia, Hiran Silveira.