Babilônia: Aderbal faz barraco em velório de funcionário gay
Por Redação - 26/05/15 às 10:45
Falso moralista, Aderbal (Marcos Palmeira) vai dar um ataque no velório de um funcionário da prefeitura, quando descobrir que o rapaz é gay. A descoberta acontece logo depois de seu discurso.
"Meus amigos, sua atenção. O Altíssimo chamou o nosso estimado irmão Antenor Ribeiro. Homem íntegro, respeitável, exemplo de integridade e virtude religiosa e cristã! Sua súbita ausência abre uma cratera em nossos corações. Vamos orar por ele, por sua sofrida esposa e adoráveis rebentos", diz Aderbal.
Um homem, que se chama Raul (ator ainda não escalado), surge aos prantos e abraça o prefeito agradecendo pelas palavras.
"Meus pêsames pelo seu irmão", fala Aderbal.
Queiroz (Marcelo Laham) o corrige dizendo que o cara não é irmão do morto.
"Seu tio? Seu primo? Seu cunhado?", pergunta o político.
"Meu saudoso marido", fala Raul, para desespero de Aderbal, que dá um piti.
"Por que ninguém me contou que o morto era pederasta? Invertido! Por que eu não sabia que o meu secretário de comunicação era maricas?", pergunta ele, alterado.
Dulce (Daisy Lucidi) e Queiroz dizem que só souberam quando foram buscar a viúva e descobriram que, na verdade, havia um viúvo.
"Eu não vou velar um doente no salão da prefeitura", diz Aderbal.
Ofendido, o marido do morto parte para cima do político e, na briga, o defunto cai do caixão em cima do prefeito.
"A ditadura gay tá agredindo o meu filho!", grita Consuelo (Arlete Salles).
"Eu tô sentindo o bafo da morte! Ele vai me arrastar pro inferno!", fala Aderbal, que, irritado, manda retirar o morto e o viúvo do local .
"Você vai pagar, seu homofóbico! Eu vou te processar!", diz, indignado, o marido do morto.
Aderbal sai de lá irritado.
"Se esse escândalo vaza pra imprensa, a ditadura gay vai me azucrinar!".
Consuelo acalma o filho.
"Graças ao Altíssimo, o repórter que tava no velório é da base aliada! Já falei com ele, falei com o editor do jornal, não vão publicar uma linha".
Aderbal fala que vai ser difícil ficar calmo e que terá pesadelos durante uma semana.
"Até mais, se o viúvo te processar", fala Queiroz.
Consuelo se aborrece.
"Viúvo… O baitola! Casamento é entre homem e mulher, o resto é degeneração".
Maria José (Laila Garin) fala que não vai defender o pecado, mas que um erro não justifica o outro.
"Você foi desrespeitoso num momento tão sofrido", fala ela.
Aderbal se defende.
"Eu apenas exerci o meu direito de expressão! Isso não é uma democracia? Eu acho pederastia abominável, eu não posso mais dizer o que eu penso?".
Consuelo debocha da nora.
"Mania que a Maria José tem de ser politicamente correta… Que tédio!".
Maria José diz que a sogra é insensível e Aderbal manda elas pararem de brigar.
"Os tempos são outros, o eleitorado mudou, tem que ter jogo de cintura…", fala Queiroz.
"Esses farfalhantes não votam no meu filho mesmo… É por isso que o nosso lado tem que crescer, aí a gente para de depender dessa corja liberal!", completa Consuelo.
"Queiroz, eu quero a letra fria da lei. Eu prometi pensão pra viúva e pros filhos, certo? Mas se não tem viúva, muito menos filho, a prefeitura não tem que pagar um centavo!", quer saber Aderbal.
Queiroz afirma que o funcionário não tinha contrato de união civil.
"O boiola não tem direito a nada!", fala Consuelo.
"É assim que tem que ser, numa sociedade cristã. Vamos deixar esses invertidos a pão e água!", completa o prefeito.
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