Belo já tem novo trabalho, mas aguarda decisão judicial pra ser solto

Por - 18/05/06 às 16:31

Divulgação

Marcelo Pires Vieira, o Belo, continua no presídio Plácido de Sá, no complexo de Bangu, zona oeste carioca, onde está desde terça-feira, dia 9, por determinação do juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP), Carlos Augusto Borges. Ele aguarda decisão judicial para reconquistar o benefício da atividade remunerada extra-muros, que gozou apenas por dois dias, na primeira semana de maio. A informação é da assessoria de imprensa do escritório da advogada do pagodeiro, Sandra Almeida, nesta quarta-feira, dia 17, às 19h40. 

“A Justiça não tem prazo determinado para decidir quando Belo poderá voltar a trabalhar no regime semi-aberto. Isso pode ocorrer a qualquer momento. Já apresentamos o endereço da empresa onde ele vai trabalhar como empregado, mas não podemos divulgar”, diz a assessoria.

Corte do benefício 

Condenado a oito anos de prisão por tráfico e associação ao tráfico de drogas, Belo, que estava preso desde novembro de 2004, conquistou o direito de trabalhar durante o dia e voltar para o presídio à noite, a partir da segunda-feira, 8. Nessa data, foi transferido do presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte, para o Centro de Observação e Reintegração Roberto Lyra, no Centro, de onde sairia para trabalhar, nos dias úteis, das 9h às 18h. Ele cumpriria a função de gerente operacional na Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes/Sociedade Musical Brasileira (Amar/Sombrás), também no centro do Rio. Mas como não cumpriu o acordado, teve o benefício cortado pelo juiz titular da VEP. 

No primeiro dia fora da cadeia, Belo não trabalhou o tempo acertado. Como a Justiça constatou, ele se atrasou para entrar à noite no Centro de Observação e Reintegração Roberto Lyra para a Amar/Sombrás. Sua advogada, porém, disse que o motivo da volta do pagodeiro ao regime fechado foi a não adaptação dele ao emprego. 
No segundo dia de semi-aberto, ele acabou deixando o Centro de Observação e Reintegração, sendo transferido do Centro Roberto Lyra para o Presídio Plácido Sá Carvalho.

Viviane Araújo aguarda boas notícias

Na quarta-feira, 17, OFuxico conseguiu falar com sogro de Belo, Josenir Araújo. Ele afirmou que a expectativa de sua filha, Viviane Araújo, mulher do pagodeiro, é de que na próxima semana tenha alguma notícia boa sobre a questão. “Agora só temos de aguardar o que a Justiça determinar para ele ir trabalhar na gravadora”, diz Josenir Araújo.

Da condenação à prisão

A prisão de Belo aconteceu no dia 5 de novembro de 2004, depois que os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Rio de Janeiro condenaram o artista em um processo que já se arrastava desde 2002. Ele foi preso em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes – bairro classe média alta da zona oeste carioca. Foi levado para a carceragem da Polinter, onde ficou até o dia 12 de novembro de 2004. Em seguida, para o Ary Franco, que é considerado porta-de-entrada do sistema prisional fluminense.

No início de 2005, Belo foi para o Presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão, onde os encontros íntimos são permitidos, após seis meses e quando não ocorre nenhum problema com o preso. Mas, antes de completar esse período, ele retornou ao Ary Franco, no dia 29 de março de 2005, após terem sido encontrados um celular e um aparelho de videogame na cela que ele dividia com mais quatro detentos. Posteriormente, ficou comprovado que os objetos, proibidos no sistema penitenciário do Estado do Rio, pertenciam a outro detento e não ao artista.

Belo conquistou a progressão do regime em meados do mês de março, o que garantia  ao artista o direito de ser transferido do Presídio Ary Franco para o Complexo de Bangu, onde existem unidades apropriadas para o regime semi-aberto. Agora o juiz definirá quando Belo poderá sair do presídio Plácido de Sá para cumprir o chamado trabalho extra-muro. Pelo benefício conquistado, o cantor ficará fora da cadeia durante o dia, mas não poderá fazer shows à noite.

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