Bete Carvalho e Elisa Lucinda lêem poemas em evento

Por - 02/06/06 às 10:15

Felipe Panfili

Desde que estreou o quadro Ser ou Não Ser no Fantástico, que Viviane Mosé passou a ser conhecida como a filósofa da televisão, para o grande público. Mas a capixaba que reside no Rio há 14 anos, onde se formou em psicologia e filosofia, tem vários amigos famosos, muito antes de ir para telinha. A prova disso aconteceu na noite de quinta-feira, 1º de junho, quando Bete Carvalho e Elisa Lucinda leram poemas dos dois livros que Viviane autografou, intitulados Desato e Toda Palavra, ambos da Editora Record.

A noite de autógrafos aconteceu na Livraria Argumento, zona sul carioca, e na extensa fila encontrava-se, por exemplo, a jornalista Renata Ceribelli, colega de Viviane Mosé no Fantástico e o casal Patrícia Travassos e o produtor Liminha.

Sem trocadilho com o nome do programa que tornou a filósofa famosa, Bete Carvalho cita que Viviane é fantástica indica os livros dela para todo mundo.

“Sou amiga e admiradora profunda da obra da Viviane. Ela é uma grande poeta, que tem total domínio sobre as palavras. Seus livros me emocionam, me fazem chorar. Vários de seus poemas dariam um bom samba”, observa Bete, que é considerada a Madrinha desse gênero musical.

A cantora comenta também sobre o quadro Ser ou Não Ser que, aliás, estreou uma segunda temporada de quatro episódios, no domingo, 28.

“Acho que o quadro dela no Fantástico atinge sim as pessoas, porque a Viviane tem um jeito de falar para tevê que funciona para o grande público”.

Apesar de um dos poemas que leu do livro Toda Palavra, ser em homenagem à sua irmã, Maria Cristina, já morta, Elisa Lucinda arrancou gargalhadas da platéia da noite de autógrafos de Viviane Mosé. Bem-humorada, Elisa, que também é poeta, relembrou que conhecia a autora há muitos anos e soltou a pérola: “desde quando ela era mais nova que eu”. Elisa Lucinda e autora de Desato e Toda Palavra têm mais um ponto em comum. As duas nasceram em Vitória, no Espírito Santo e são amigas desde quando moravam e estudavam na capital capixaba.

“Temos o mesmo estilo, mas fazemos poesias diferentes. Eu gosto muito do que ela escreve”.

Sobre o quadro que Viviane apresenta no Fantástico, Elisa que é formada em Comunicação Social, acredita que um assunto mais delicado – como é o caso da filosofia – e um veículo de massa não se opõem.
“Eu, por exemplo, vou ao Gugu, ao Faustão, a Ana Maria Braga, a Adriane Galisteu ou a Sônia Abrão e falo uma poesia. Acho que o povo gosta do que ele entende. A Viviane fala de um assunto que é tido como da elite, mas que nasceu ao ar livre. Quem não tem uma filosofia de vida? Ela é a filósofa da tevê e chiquérrima. Isso é muito bacana”.
No livro Desato, por exemplo, a autora transforma em poesia algumas receitas de família, chegando a ensinar como se faz um arroz soltinho. Mas tanto em Desato quanto em Toda Palavra, Viviane admite ter vivido a experiência do poema simples, ou seja, a poesia do dia-a-dia.

“Isso mostra que a dona-de-casa também faz poesia na cozinha”, ressalta Viviane, adiantando que a nova temporada de Ser ou Não Ser está mais simples e menos acadêmica, mas sem perder a característica que é a de provocar o pensamento.    

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