Bia Montez diz que na Record vai tranquilidade para trabalhar

Por - 16/06/13 às 17:46

Pedro Paulo Figueiredo / Carta Z Noticias

Bia Montez pode ser considerada uma amante da arte. Muito antes de formatar uma sólida carreira como atriz, a intérprete da feirante Matilda de Dona Xepa flertou de todas as maneiras possíveis com o teatro e a tevê. De cenografista a roteirista, de animadora de festa infantil a fotógrafa e até vendedora, todas as funções desempenhadas por Bia eram voltadas ao relacionamento com o pblico.

"O humor sempre teve um papel muito importante na minha vida. Mudar o estado emocional de alguém é muito especial", afirma. 

Ainda conhecida por Dona Vilma, papel que desempenhou por sete temporadas em Malhação – de 2001 a 2007 –, Bia garante não se incomodar com a repercussão que a personagem tem até hoje.

"Já fiz outros trabalhos importantes. Mas acho que, pela duração do papel, vão sempre lembrar", analisa.

Após essa importante personagem e com mais cinco produções globais no currículo, Dona Xepa é o terceiro trabalho da atriz na Record.

"Foi uma boa mudança. Eu preciso trabalhar e, talvez, aqui eu encontre mais tranquilidade para isso", avalia.  

Dar vida a Matilda, inclusive, é motivo de comemoração para Bia. A feirante, que vive implicando com Dona Xepa, personagem de Ângela Leal, tem muitas características da atriz.

"O jeito forte, trabalhador e independente dela é muito parecido com o meu", compara.

"Além disso, as cenas com a Robertha Portella e a pequena Ana Clara Pintor estão sendo ótimas", diz, referindo-se às intérpretes de Dafne e Giselle na trama de Gustavo Reiz.

O Fuxico: Como foi o início da sua carreira como atriz?

Bia Montez: Eu sempre fui muito independente, comecei a trabalhar com 18 anos. E, por isso, fiz bastante coisa até conseguir me fixar como atriz. Em 1980, fiz um curso gratuito de teatro com o Sérgio Britto e isso me levou ao meu primeiro trabalho nos palcos, Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho. A partir daí, foram várias peças até chegar à minha estreia na tevê, na Globo, em Sassaricando, em 1988. Quando tudo parecia encaminhado, eu "pirei na batatinha".

OF: Como assim?

BM: Fui para a França com um grupo de amigos e morei por lá durante dois anos. Era uma época meio doida, do tipo "o último que sair apague a luz". Fomos atrás da experiência de viver na Europa, respirar arte. Foi válido para minha formação. Mas, quando decidi voltar, já não tinha o espaço de antes. Então, para sobreviver, fazia muitos comerciais. Durante muito tempo, meu sustento foi proveniente do mercado publicitário.   

OF: Depois de tantos anos na Globo, como foi a transição para a Record? 

BM: Eu havia trabalhado com o diretor Edson Spinello em Malhação e ele já estava na Record. Foi ele quem me convidou para fazer Bela, A Feia, em 2009. O convite foi em um momento muito pertinente, já que eu tinha acabado de fazer a novela Beleza Pura, na Globo, e estava sem outros planos pela frente. Além disso, iria atuar com Bárbara Borges, Bruno Ferrari, Laila Zaid… Todos eles foram minhas crias em Malhação. Era como retornar para casa. Existia tranquilidade e camaradagem para trabalhar e eu estava precisando disso.

OF: Existe algum plano de voltar a atuar no teatro ou retomar a carreira de roteirista?

BM: Gostaria muito de emendar uma peça na outra. Mas, atualmente, minha prioridade é a tevê, até porque eu tenho contrato com a emissora. Toda vez que me convidam para o teatro, aparece alguma novela. E não consigo mais manter uma jornada dupla, não tenho mais pique de gravar para a tevê e ir direto para o teatro. Para escrever roteiros é mais tranquilo, já tenho até uma peça pronta chamada Cala Boca e Me Beija, em fase de captação de recursos. É uma ideia muito forte expandir esse lado autoral. Talvez, um próximo desafio seja escrever para cinema, único meio em que ainda não me aventurei.

OF: – Antes de se consolidar como atriz, você desempenhou várias outras funções. Em algum momento, chegou a pensar em parar de atuar?

BM: Quando fiz 40 anos, eu tive uma crise. Achei que não era valorizada, que não conseguiria bons papéis e comecei a pensar em outras formas de ganhar a vida. Foi quando eu tive a ideia de fazer vestibular para Direito. Fiquei empolgadíssima porque passei em 13º lugar. Cursei um ano e meio da faculdade e me chamaram para atuar em uma peça. Larguei tudo, claro, porque meu grande sonho sempre foi viver de arte.

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