Bianca Bin teve síndrome do pânico antes de voltar a atuar

Por - 21/12/12 às 08:00

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Notícias

Depois de interpretar a mocinha Açucena, de Cordel Encantado, tudo o que Bianca Bin queria era descansar. A atriz havia emendado três novelas na Globo e decidiu que era hora de tirar férias. Durante o ano que separou o último papel do atual, a ambiciosa Carolina, de Guerra dos Sexos, Bianca teve crises de ansiedade e indícios de síndrome do pânico. Apesar de começar a se tratar, a situação só melhorou quando ela voltou a atuar.

"Tudo isso passou. Foi incrível. O trabalho me faz sentir ativa e com saúde. É o meu eixo. Quando não tem, me sinto desestabilizada", revela.

Bianca Bin teve síndrome do pânico antes de voltar a atuarApesar de ter sido inicialmente escalada para Gabriela, a atriz foi chamada por Silvio de Abreu para interpretar a vilã Carolina do folhetim. Depois que a Globo a liberou para o papel, Bianca comemorou duplamente pela oportunidade. Primeiro, por poder fazer a primeira antagonista de sua carreira, e segundo, por este ter sido o primeiro convite de trabalho que recebeu. Até então, todas as personagens que havia feito tinham sido conquistadas através de testes.

"Eu me senti muito honrada, mas, ao mesmo tempo, com um peso nas costas de ter de corresponder às expectativas. Esse foi mais um presente que o Silvio me deu", opina a atriz, que já havia trabalhado com o autor em Passione.   

O papel no ltimo folhetim do autor, aliás, serviu para a construção da atual personagem. Assim como Carolina, a impulsiva Fátima era uma jovem da Zona Leste de São Paulo.

"Fiz laboratório para a Fátima e pude aproveitar um pouco disso para a Carolina. Na época, observei muito as meninas de Tatuapé", conta, citando um dos bairros da região.

Para se preparar para Guerra dos Sexos, Bianca também se prendeu muito às informações do roteiro e decidiu não assistir ao folhetim original, exibido em 1983, para não ter interferências na versão montada por ela.

"O próprio Silvio pediu para que eu não assistisse. Além disso, as épocas e os públicos são muito diferentes. A linguagem hoje é outra", analisa.

Na trama do remake, Carolina é uma moça humilde, que faz qualquer coisa para crescer na carreira. Inclusive, armar para prejudicar quem está no seu caminho rumo a um posto melhor dentro da rede de lojas de departamento Charlô´s.

"O que ela faz é sempre pensando na mãe. É para dar uma vida mais digna para Nieta, que reclama tanto de ser feirante. E também para se vingar do Zenon, que já a humilhou muito", opina, citando os personagens de Drica Moraes e Thiago Rodrigues.     

Carolina ainda demonstra ser apaixonada por Zenon, mas é constantemente esnobada por ele. O rapaz também é ambicioso e tenta se dar bem nas armações que ela arquiteta. As sequências dos dois sempre envolvem amor, ódio e algum tipo de ação.

"A Carolina não é óbvia. Ela apronta, é sonsa e passeia por diversas emoções. Dá para brincar em cena", ressalta a atriz, que vê dificuldades em fazer uma vilã no horário das sete.

"Essa novela, especialmente o meu ncleo, tem cores vibrantes e tons lá em cima. Preciso achar sempre o meio termo com quem está contracenando comigo, senão vira 'pastelão'", destaca.

A estreia de Bianca Bin na tevê foi na temporada 2009 de Malhação. Após participar da Oficina de Atores da Globo, a atriz conseguiu o papel da protagonista Marina. Logo depois, fez Passione, de 2010, e Cordel Encantado, de 2011.

"Acho que fui muito abençoada. É muito difícil conseguir um espaço nessa profissão e viver dela", avalia. Para o futuro, a atriz pensa em investir no teatro, onde pretende suprir a necessidade por papéis mais diferentes. Apesar de ter tido personagens variadas, Bianca sabe que na televisão é impossível fugir da imagem de menina que imprime.

"No momento é o que dá para fazer. Acho que os melhores papéis de quem trabalha em tevê surgem depois dos 30 anos. Meus trabalhos mais densos ainda estão por vir", espera.

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