Björk diz ter sido castigada por Lars von Trier

Por - 17/10/17 às 17:49

Reprodução/Instagram

Após inúmeras denúncias de atrizes de Hollywood contra Harvey Weinstein, agora foi a vez de Björk revelar que também sofreu com assédios de outro diretor. Em um post publicado em seu Facebook, a cantora disse que foi assediada por um diretor dinamarquês, o que levou seus fãs a acreditarem que se tratava de Lars von Trier, o único cineasta da Dinamarca com o qual trabalhou, em 2000, no filme Dançando no Escuro.

“Estou inspirada pelas mulheres de todos os lugares do mundo que estão se manifestando online para falar sobre minha experiência com um diretor dinamarquês. Eu venho de um país que é um dos lugares mais próximos da igualdade entre os sexos no mundo e, a partir do momento em que eu venho de uma posição de força no mundo da música, com uma independência duramente conquistada, ficou extremamente claro para mim quando entrei na profissão de atriz que minha humilhação e papel como uma menor sexualmente assediada era a norma e que se colocava uma pedra em cima disso, com o diretor e uma equipe de dezenas de pessoas que o capacitaram e encorajaram. Eu percebi que é uma coisa universal que um diretor possa tocar e assediar suas atrizes à vontade e a instituição do filme o permite. Quando eu repetidamente impedi que o diretor fizesse algo, ele se irritou, me castigou e criou para sua equipe uma impressionante rede de ilusão onde eu era vista como a difícil. Por causa da minha força, minha grande equipe e porque eu não tinha nada a perder e nem ambições no mundo da atuação, me afastei e me recuperei em um ano. Estou preocupada com o fato de que outras atrizes trabalhando com o mesmo homem não o fizeram. O diretor estava totalmente ciente desse jogo e estou certa de que o filme que ele fez depois foi baseado em suas experiências comigo. Porque eu fui a primeira que se deparou com ele e não deixou isso passar. E na minha opinião, ele teve um relacionamento mais justo e significativo com suas atrizes depois do meu confronto, então ainda há esperança.
Espero que esta declaração apoie as atrizes e atores de todo o mundo. Vamos parar isso! Há uma onda de mudanças no mundo! Bondade! Björk“, publicou.

Então, na última segunda-feira (16), Lars abriu o jogo e se defendeu das acusações. Em entrevista ao jornal Jylannds Posten, da Dinamarca, o diretor afirmou “que não foi o caso”, dizendo ainda que Björk foi uma das melhores performances de todos os seus longas.

O agente do cineasta, Peter Aalbaek Jensen, também negou as acusações.

“Pelo que eu lembro, fomos vítimas. Aquela mulher era mais forte que Lars von Trier e eu e nossa empresa juntos”, afirmou.

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