Bloco da Preta: A festa que começou numa boate
Por Flavia Cirino - 20/07/2025 - 21:38

A morte de Preta Gil deixa uma tristeza imensurável. Isso é fato! Mas ao pensarmos nas tantas alegrias que ela não apenas viveu, mas proporcionou, chega emocionar. Um exemplo é o Bloco da Preta. O agito que se tornou um dos maiores blocos do Carnaval carioca – e ganhou outras praças – teve início de forma inusitada.
Relembre o Bloco da Preta de 2020
Em 2009, durante uma apresentação explosiva na boate The Week, no Rio de Janeiro, Preta Gil teve o estalo que mudaria os verões da cidade. Naquele momento, entre luzes e batidas, a cantora vislumbrou, primeiramente, a chance de levar para as ruas a mesma mistura vibrante que embalava seu projeto “Noite Preta”.
A turnê, já conhecida por percorrer o Brasil com uma seleção de ritmos populares e hits que atravessavam gerações, já arrastava fãs por onde passava. Mas foi da pista da The Week que nasceu o desejo de transformar a energia dos palcos em um carnaval democrático e gratuito. E assim surgiu o Bloco da Preta.
Em pouco tempo, o que era um projeto despretensioso se tornou um fenômeno de proporções gigantescas. O bloco, que mistura axé, funk, samba, pop e MPB, logo conquistou espaço entre os desfiles mais esperados do Rio de Janeiro.
Milhões de foliões e uma festa para todos
A proposta de Preta Gil foi além do som. O Bloco da Preta cresceu com base em dois pilares: diversidade e inclusão. Comandado por ela em cima do trio elétrico, o cortejo se consolidou como uma das manifestações mais plurais do Carnaval brasileiro. Ao lado da artista, nomes importantes da música nacional costumam se juntar à festa, criando um espetáculo colaborativo.
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Em 2016, o bloco chegou até Brasília, provando que sua força ia além do Rio. A cada nova edição, multidões seguem Preta pelas avenidas cariocas, tornando o evento um símbolo de celebração coletiva. Para muitos foliões, é mais do que uma apresentação: é um ato de liberdade.
O sucesso avassalador também se explica pela conexão genuína entre Preta e o público. “Essa festa tem minha identidade e meu coração”, disse ela, resumindo o espírito do bloco.
É jornalista formada pela Universidade Gama Filho e pós-graduada em Jornalismo Cultural e Assessoria de Imprensa pela Estácio de Sá. Ela é nosso braço firme no Rio de Janeiro e integra a equipe de OFuxico desde 2003. @flaviacirino

























