Boni justifica sua polêmica declaração de que neto não é parente

Boni tem dado algumas declarações polêmicas que ficaram ecoando por toda a imprensa nos últimos dias. Em uma delas, o ex-chefão da Globo diz que neto não é parente quando foi perguntado como ele era como avô. Contudo, Boni explicou sua declaração na noite de autógrafos, que realizou no lançamento de seu livro na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, em São Paulo, na segunda-feira (5).

“Isso foi só uma brincadeira. Meu avô já dizia que neto não é parente, mas por uma questão genética e não afetiva. Eu estava com minha neta aqui agora há pouco. Você tem 100% da genética, casou com alguém teve filho e já fica 50%. O neto fica com 25%. Então, eu digo que do ponto de vista afetivo eu tenho muito carinho pelos meus netos, do ponto de vista genético eu tenho de considerar que neto não é parente. Minha genética precisa ser muito forte para chegar a 25% lá, mas ela é fraquinha”, brinca.

Outra declaração polêmica foi quando admitiu, em entrevista ao jornalista Geneton Moraes Neto, da Globo News, que deu dicas à campanha de Fernando Collor, em 1989, para a Presidência da República.

“Isso é uma bobagem que não tem tamanho. É algo sem a menor importância! Aconteceu, mas quem fez o pedido para que eu atendesse à equipe dele foi o Miguel Luiz Gonçalves, quem veio com a equipe foi a Zélia Cardoso de Melo. Talvez ele não tenha ficado sabendo que a equipe veio me pedir isso aí. A única coisa que existe é uma imprecisão quanto à minha resposta para o Geneton porque eu não acompanhei [de perto] o debate na TV Globo”.

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Boni explica ainda que assistiu ao debate presidencial de sua casa e percebeu que Collor esta seguindo os passos que ele havia orientado.

“Eu não tive lá para conversar para ver se foi discutido com ele, mas foi dada uma série de conselhos para a Zélia a pedido do Miguel. Eu não me arrependi de nada. Nada disso é importante mais! Importância zero!”, encerra o assunto.

Televisão do futuro

Mudando o rumo da conversa, Boni hoje é o proprietário da maior afiliada da Globo – a Rede Vanguarda – que transmite o sinal da emissora da família Marinho para o Vale do Paraíba, interior de São Paulo, e ele dá a dica para um canal pequeno conseguir se desenvolver salientando que é necessário trilhar seu próprio caminho.

“A emissora tem de procurar um caminho próprio, diferente das que existem, olhar para a questão da internet, das redes sociais, das mídias, olhar para os aplicativos móveis. Olhar para o mundo. Este modelo vai durar algum tempo, a televisão aberta vai continuar existindo, mas a gente tem de pensar que ela não vai continuar sendo da mesma maneira. Vai enfrentar mudanças radicais”.

Ele ainda esclarece que as emissoras precisam se adaptarem ao que há de novo no mercado, como a internet.

“Por enquanto ela está muito bem. Adoro a TV Globo, sou afiliado dela, mas o mercado e a juventude vão exigir isso e a própria tecnologia vai fazer com que todos os veículos estejam em constante mutação”.

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