Bono Vox admite ter lutado muito para fazer o último álbum do U2

Bono lutou para escrever um álbum pessoal para o U2. O roqueiro irlandês e seus companheiros de banda, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr, que lançaram a nova gravação Songs of Innocence de graça para todos os usuários da iTunes Store e assinantes do site da banda na última quinta-feira (10), achou difícil compor as músicas que exigiram que ele revisitasse memórias do passado.

“Nós queríamos fazer um álbum bem pessoal. Vamos tentar descobrir porque nós queríamos estar em uma banda, os relacionamentos ao redor da banda, nossas amizades, nossas amantes, nossa família", disse Bono à Rolling Stones. "O álbum inteiro é de primeiras jornadas, primeiras jornadas geograficamente, espiritualmente, sexualmente. É difícil, mas nós chegamos lá".

Em uma particularmente dolorosa faixa, intitulada Iris, Bono se abre sobre sua falecida mãe, Iris Hewson, que morreu quando ele tinha apenas 14 anos de idade. "Há quarenta anos, minha mãe caiu no funeral de seu próprio pai, e eu nunca falei com ela novamente. Ódio sempre segue o luto, e eu tinha muito disso, e eu ainda tenho, mas eu canalizei na música e eu ainda faço. Eu tenho bem poucas lembranças da minha mãe, e eu coloco um pouco delas em uma canção chamada Iris", relatou.

O álbum autobiográfico também conta com colaborações de Ryan Tedder, Lykke Li, Danger Mouse e Paul Epworth, que o cantor de 54 anos dá créditos pelo sucesso da recente oferta da banda.

“Eu acho que ter eles ao redor realmente ajudou. Alguma das músicas agora as pessoas chamam de pop, não é pop, é só verdadeiramente ótimo. Eu queria ter a disciplina dos Beatles ou dos Stones nos anos 60, quando você tinha canções de verdade. Não há onde se esconder nelas: pensamentos claros: melodias claras".

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