Briga entre Globo e Fifa pode ‘miar’ transmissão da Copa de 2022
Por Redação - 24/06/20 às 14:53
A pandemia vem afetando tudo e todos quando o assunto é economia e com a Rede Globo de Televisão não é diferente. Além dos términos de contratos longos com vários artistas e jornalistas da emissora, outros acordos também estão sofrendo com todas as mudanças.
A Globo tem um “casamento” com a Fifa desde 2006, além de um contrato de licenciamento de direitos para a transmissão, no Brasil, de diversos eventos esportivos organizados pela FIFA entre 2015 e 2022. O valor deste acordo é de US$ 600 milhões, que seriam pagos em nove parcelas, restando três pagamentos anuais de US$ 90 milhões (algo que daria R$ 450 milhões de reais na cotação atual), mas tudo isso está na “corda bamba” atualmente.
De acordo com a coluna Radar, da Revista Veja, a emissora abriu uma ação protocolada na 6ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e conseguiu uma liminar para não pagar à FIFA a parcela que vencerá no próximo dia 30 e também acionou a cláusula de arbitragem contra a entidade, visando rediscutir o contrato na Justiça.
“Até hoje a Globo não descumpriu uma única obrigação assumida com a Fifa no contrato de licenciamento. Todos os pagamentos foram feitos a tempo e a hora. Esse continua sendo o espírito que norteia o comportamento da autora. Porém, diante da injustificada resistência da Fifa em reconhecer o óbvio; da miopia da entidade maior do futebol mundial em relação às profundas mudanças que a humanidade enfrenta em razão do cenário de pandemia, que se apresentam ainda com maior gravidade no caso brasileiro, não resta alternativa à Globo senão buscar a proteção dos seus legítimos direitos, mesmo antes de iniciada a arbitragem que se avizinha”, diz um trecho do documento.
Em outro trecho do documento, a Globo deixa claro que, caso não seja feita uma revisão no contrato, a rescisão é uma das alternativas viáveis.
“Seja em razão das inúmeras questões sanitárias que assolam o mundo pós pandemia da Covid-19, ou por conta da grave crise econômica que se abateu sobre o Brasil nos últimos anos, e se aprofundará dramaticamente nos próximos anos, é evidente a necessidade de revisão do Contrato de Licenciamento. A crise é tão grave que a única saída razoável talvez seja o término definitivo do Contrato de Licenciamento, como a Globo, de boa-fé, deixou claro para a Fifa na carta remetida àquela entidade em 19.5.2020: ‘Em relação ao Acordo de Prorrogação 2018/2022, à luz das circunstâncias materialmente alteradas devido à crise da COVID-19, o valor dos direitos tornou-se desequilibrado e oneroso demais (…) Diante do exposto, a Globo não vê alternativa real senão buscar a rescisão’”, disse.
E, caso o rumo da rescisão seja tomado, o público brasileiro não deve ficar sem a transmissão da Copa do Mundo de 2022. Segundo o jornalista Cosme Rímoli, do R7, a Disney, detentora dos canais Espn Brasil e Fox Sports, teria interesse.
Caso isso seja feito, ela procurará uma emissora, que não seja a Globo, para fazer um acordo em que os jogos também sejam exibidos na TV aberta. Porém, a novela ainda está longe de terminar.
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