Britto Jr. diz que comparações com Pedro Bial não têm valor

Por - 08/09/10 às 08:02

Ag.News

“Estou curtindo uma nova experiência, estou dentro de uma Fórmula 1 cheio de botãozinho. E, na minha autoavaliação, estou indo muito bem, mas preciso continuar crescendo” – é assim que Britto Jr., 47 anos, define o momento atual de sua carreira. Há 5 anos na Record, ele se prepara para estrear a terceira temporada de A Fazenda, e acredita que o programa tem fôlego para envolver o público durante muitos anos.

Apesar de seu fascínio pelo atual emprego, o apresentador confessa que nunca participaria de um reality show:

“Não tenho essa pegada”, justifica. E ainda diz que procurou não assistir o Big Brother, reality da concorrente Globo, mas acabou se envolvendo pela febre do programa por meio da internet e das rodinhas de conversa. “É que nem ‘Quem matou em Odete Roitman?’ Eu não assisti à novela, mas todo mundo só falava disso”, conta.

Em entrevista a O Fuxico, Britto falou sobre sua expectativa para a terceira temporada do reality, com estreia prevista para 28 de setembro, e também das comparações com Pedro Bial, responsável por comandar o BBB. 

Confira:

OFuxico: Como vão os preparativos finais de A Fazenda?

Britto Jr.: Estive lá (em Itu, onde fica a sede do reality) ontem. Vou te dizer uma coisa com muita sinceridade: fiquei entusiasmadíssimo com o que eu vi. Mas o que foi, eu não posso contar. Os 15 participantes já estão escolhidos há muito tempo, estou estudando cada um deles, essa semana vi os primeiros vídeos de depoimentos.

OF: Você acha que tem alguém com potencial para causar polêmica que nem o Théo Becker?

BJr.: Não, não vou fazer comparação. Mas tem gente com potencial para esquentar o clima ali. Tem gente para causar briga, ser o vilão da vez. Mas não vamos comparar com nenhum outro participante.

OF: Acredita que A Fazenda tem potencial para ter quantas temporadas?

BJr.: Quem julga tudo isso é realmente o público. Dentro do meu ponto de vista, de tudo que eu ouço, de tudo que eu vivo, e também do diretor e da equipe que eu trabalho… somando tudo isso aí em uma conta rápida, eu diria que é ilimitado o poder de A Fazenda. Pode durar 10, 20 edições diferentes entre si. Daqui alguns anos podem optar por pessoas que não são famosas, podemos mudar os jogos, os desafios, ampliar a fazenda. O potencial é enorme. Se for bem administrado, vai longe e vai ser que nem novela. Em novela você muda a história, mas sempre tem.

OF: Você participaria de A Fazenda, caso não fosse o apresentador?

BJr.: Olha cara, com esse prêmio…. (risos). Não, eu acho que não. Não tenho essa capacidade de ficar isolado, ficar sem internet, televisão. Não me vejo nessa situação.

OF: Você assistia ou assiste Big Brother?

BJr.: Eu vou ser sincero, eu procurei não assistir. E tirando que Big Brother você não precisa assistir pra assistir, por que está na internet, está sendo comentado por todas as pessoas. É que nem ‘Quem matou Odete Roitman?’ (mistério de Vale Tudo, da Globo). Eu não assisti à novela, mas todo mundo só falava disso.

OF: Como lida com as constantes comparações com Pedro Bial?

BJr.: Não me irrita, porque sei como as coisas funcionam nesse meio. Porém, eu avalio o seguinte: não é uma comparação que tem valor. Quando você pega uma pessoa que está fazendo a mesma coisa há 10 anos e outra que está fazendo há 1, se torna uma comparação injusta. E também porque o nosso programa é completamente diferente do deles. Tem as similaridades de produto, como prêmio, regras e eliminações, que tem em todo reality. Mas o contexto é completamente diferente do deles.  

OF: Mas você já torceu por algum ex-BBB ou votou em alguém?

BJr.: Nunca cheguei a torcer por ninguém. Principalmente depois que a gente começou o nosso.

OF:E o que você pensa sobre a possibilidade de um ex-BBB entrar em A Fazenda?

BJr.:Nunca pensei nessa hipótese. Até agora não aconteceu…

OF: Mas parece que agora vai acontecer, não? (Jaque Khury, do Big Brother Brasil 8, é uma das cotadas para A Fazenda 3)

BJr.: Eu acho que ninguém pode sair perdendo fazendo um reality, mas também não acho que participando de um reality você vá arrumar sua vida se não for o vencedor. No nosso caso, R$ 2 milhões é muita grana. Dá para se associar a um microempresário e arrumar sua vida. E nessa edição ainda terá mais R$ 1,5 milhão em prêmios. Então, pra resumir, a pessoa tem que saber jogar, mas ficar passando de reality a reality talvez não seja bom.

OF: Seu contrato com a Record vai até quando? Já foi sondado para voltar para Globo?

BJr.: Vai até 2014. E sempre tem uma coisinha. A Globo teve um interesse, mas faz tempo, logo no segundo ano do Hoje em Dia. Mas não posso dizer que foi a emissora, foi uma pessoa. E não posso dizer que foi uma proposta, foi mais uma sondagem.  

OF: O povo brasileiro costuma se envolver mais com eliminações de reality do que com as eleições. O que pensa sobre isso?

BJr.: Primeiro que o voto é obrigatório, não tem saída. Não comparando, mas no nosso caso a gente não obriga ninguém. No caso das eleições, o brasileiro precisa pensar antes de ir até a urna. O brasileiro ainda está aprendendo a votar, ele ainda não tem o know-how necessário. Por ser obrigatório, ele não entende por  que tem que ir, a importância do voto. No nosso caso (de A Fazenda), a pessoa vota se gosta ou não. Mas isso não tem importância nas decisões do destino do país. É óbvio que é sempre bom a participação do público, mas acho que as pessoas têm que ter muito mais capricho na hora do voto das eleições.  

OF: Vai votar em quem para presidente?

BJr.: Ai, credo (risos). Isso eu não posso te contar cara. Eu não quero influenciar ninguém. Mas é hora de escolher candidatos, não mais partidos. O brasileiro, de um modo geral, se desiludiu muito com os partidos. Partido que seria solução, não foi… Acho que está na hora de escolher pessoas, analisar a ficha dessas pessoas. Correr atrás do histórico. Até porque, horário eleitoral já virou uma piada na televisão brasileira…  

OF: E o que acha da candidatura de Tiririca, Mulher Pêra e Maguila?

BJr.: Respeito todo mundo que usa o direito de querer ser candidato, mas desde que tenha uma proposta. Não pode chegar na televisão e falar ‘não sei o que estou fazendo aqui, mas vote em mim…’ Não pode ser assim, tem que ser uma coisa séria. Tem que ter mais seriedade nos partidos na hora de escolher os candidatos, aí já começa a palhaçada, dentro dos partidos. Parecem que eles vendem vaga! Não é a fama da pessoa que vale! Isso é uma péssima demonstração de democracia, quando eles entregam a vaga de candidatos a pessoas que não tem proposta.

OF: Na época da sua faculdade de jornalismo, você chegou a imaginar que ia apresentar um programa de variedades ou algo parecido como um reality show?

BJr.: Naquela época eu sabia que ia trabalhar com rádio. A televisão entrou logo em sequência. Já despertei para isso, que na época era uma coisa nova. Eu já tinha certeza que não ia me restringir ao jornalismo. Só que eu não sou filho de ministro, eu não sou de família rica, eu sou um trabalhador brasileiro e vou seguindo o ritmo das oportunidades que surgem. E, graças ao meu esforço, porque sempre tentei fazer um trabalho diferente de jornalismo, eu consegui emplacar meu estilo.

OF: Sente saudades do Hoje em Dia?

BJr.: Hoje em Dia é a bicicleta. Faz parte do meu dia a dia, não tem mistério para mim. Mas chega uma hora que você fala ‘estou um pouco cansado da bicicleta’, daí você vai pro kart ou vai aprender a dirigir. Hoje eu estou fazendo uma coisa bem mais complexa, pelo menos no que eu sinto. Estou curtindo uma nova experiência, estou dentro de uma Fórmula 1 cheio de botãozinho. E, na minha autoavaliação, estou indo muito bem, mas preciso continuar crescendo.

 

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