Bruna Marquezine: ‘Cheguei a pensar em parar de atuar’
Por Redação - 10/09/19 às 17:29
Na última segunda-feira (9), Bruna Marquezine participou de uma roda de conversa realizada pela Puma, a convite da Revista Glamour.
Além dela, o evento também contou com a presença de Rafa Brites, Maisa e Ludmilla.
Na ocasião, a atriz comentou osbre diversos assuntos importantes e rvelou que já pensou em parar de atuar.
"A primeira vez que me dei conta de que era mulher foi quando eu estava vivendo a Lurdinha em Salve Jorge e vi meu corpo sendo objetificado. Eu não tinha maturidade para lidar com aquilo e não entendia aquilo. Tinha acabado de completar 18 anos, a cada semana diziam que eu tinha saído com um cara novo. Não sabia lidar com aquilo, sofria muito. Naquela época, cheguei a pensar em parar de atuar. Ainda bem que tive uma rede de apoio que me ajudou a entender e não desistir", disse ela.
Bruna também revelou que já enfrentou depressão e distúrbio de imagem.
"A melhor maneira que temos de influenciar é dividindo a nossa vulnerabilidade com as pessoas. Nas redes sociais, a gente expõe uma porcentagem minúscula da nossa vida, sempre muito filtrada. Eu tinha acabado de chegar em Veneza, estava com tempo livre, comecei a ver comentários dizendo que eu estava magra demais. Eu já tinha ouvido outros dizendo que eu estava gorda demais. Eu tinha acabado de me curar de um processo tão doloroso de depressão, alimentação e distúrbio de imagem. Quando eu desabafei sobre isso, eu falei que tomava um tipo de laxante todos os dias. Aquilo destruiu meu organismo e minha imunidade. Várias meninas tomavam também. Achei melhor dizer o que fazia para ajudá-las", afirmou.
E como todas as mulheres, Bruna também já sofreu para se encaixar em padrões de beleza.
"Milhares de meninas querem se encaixar em um padrão de beleza que não existe. A beleza que você vê e consome sai com água e demaquilante. É cruel e cansativo tentar se encaixar em um padrão", disse.
Para lidar com os comentários negativos, Bruna está fazendo terapia com uma psicóloga.
"Tem comentários que te pegam em uma hora errada e dia errado e você sente uma necessidade de se justificar de alguma forma. Sempre tem aquele comentário que te pega de jeito, mas já estou tratando disso com a minha psicóloga. Às vezes eu penso que tem umas pessoas que têm um perfil só para seguir a gente e ficar atualizando. Por isso nem adianta apagar", comentou.
A artista também falou de assuntos como sororidade e feminismo.
"É difícil amar pessoas completamente diferentes de você. O exercicio é encontrar um detalhe no outro que você admira e respeita. Sororidade é segurar a mão de alguém, mas tem gente que nem quer dar a mão. Feminismo é se respeitar e respeitar o tempo do outro. Nem todas as mulheres andam na mesma velocidade. Não há necessidade de correr para segurar a mão de todo mundo. O importante é haver respeito. Eu não nasci em um berço feminista, estou crescendo mais e mais", finalizou.
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