Bruno Mazzeo: “Estou mais perto dos 40 do que dos 30, tudo é aprendizado”

Atuar em várias áreas parece ser a marca registrada de Bruno Mazzeo. Seja como roteirista, ator, diretor, produtor ou escritor, ele está sempre realizando algum projeto. E, na maioria deles, com resultados no mínimo satisfatórios. Atualmente no ar em Cheias de Charme, ele experimenta a boa repercussão de seu personagem, o empresário musical Tom Bastos. Além disso, recentemente, foi visto por mais de dois milhões de pessoas no cinema, no longa E aí, Comeu?. E já está envolvido com um monólogo, previsto para entrar em cartaz em janeiro, e outros dois filmes que devem estrear em 2013 Os Caras de Pau, onde assina a produção, e Muita Calma Nessa Hora 2 :

"Tem atores que cantam, cantores que atuam, atores que pintam. O artista tem um leque muito amplo. E eu me considero assim também", analisa.

 É justamente essa versatilidade que faz com que Bruno não emende novelas. Ele prefere diversificar os trabalhos de tempos em tempos. Tanto que desde Beleza Pura, exibida pela Globo em 2008, não participava de um folhetim do início ao fim.

"Achei que era a hora. Não sei quando vou fazer novela de novo, porque depois dessa vou focar em outras coisas. Gosto de variedade", especifica ele, que preza pela qualidade do trabalho muito mais do que pela função que exerce nele.

"A minha posição dentro dele e a mídia talvez sejam o de menos. Gosto de estar envolvido em bons trabalhos e venho dando sorte", avalia.

Acostumado com o meio artístico desde criança por ser filho de Chico Anysio, Bruno acabou aproveitando um pouco da própria convivência com profissionais do ramo da música para o personagem. Mas prefere não se prender a grandes processos de composição.

"Não sou muito de construções. Vou no que aquele personagem pede, vejo onde me encaixo dentro das minhas limitações e o que eu posso fazer para contar melhor essa história. Não fico pensando e preparando", simplifica.

Mesmo assim, ele participou, com parte do elenco, de um workshop com Joelma e Chimbinha, da banda Calypso, para entender o universo do tecnobrega que predomina na novela.

"Passei a dar valor para eles. São artistas que não são fabricados, são genuínos e foram formando seu público", conta ele, que também assistiu a um show do Michel Teló, onde foram gravadas algumas cenas de Cheias de Charme.

 Além disso, para interpretar Tom, Bruno precisou mudar o visual. Fez luzes nos cabelos e, em cena, usa roupas extravagantes, com direito a cinto de cobra e detalhes brilhosos nas blusas. No início, ele estranhou a aparência, mas acabou se acostumando. Ainda mais porque tira proveito da caracterização.

"Gosto muito da composição nesse sentido. Acho legal dar essas nuances quando possível", enfatiza.

Animado com o atual trabalho, Bruno está tendo um ano intenso. Além de ter se envolvido em muitos projetos profissionais de sucesso, o ator perdeu o pai um pouco antes da estreia da novela. Diante de tantos acontecimentos, ele sente que amadureceu. 

"O ano parece que já está acabando. Passei pelo maior baque da minha vida e, ao mesmo tempo, quase paralelamente, tive trabalhos de bons resultados e prazerosos. Já estou mais perto dos 40 do que dos 30, então acho que tudo é aprendizado", conclui.