BTS: Da Coreia do Sul para o triunfo de maior banda no mundo

Por - 21/05/21

Divulgação

The Beatles, claro, é clássico, mas peço licença aos fãs porque o mundo é do BTS. Não há dúvidas! Quando surgiram, em julho de 2013, com a canção hip hop “No More Dream”, porém, o grupo não imaginava que seria reconhecido como o maior artista global de 2020 pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). A homenagem anual reconhece a popularidade mundial de um artista ou grupo em streaming e vendas, incluindo vinil, downloads e CDs.

Com essa conquista, o septeto foi o primeiro artista asiático (no caso são artistas, né?) a ocupar a primeira posição, fazendo história ainda por desbancar artistas como Taylor Swift, The Weeknd, Billie Eilish, Ariana Grande e Justin Bieber. O segundo lugar foi de Taylor e o terceiro ficou com Drake.

Roupagem diferente

 

O início de RM, Suga, Jimin, V, Jin, Jungkook e J-Hope foi mais voltado ao hip hop devido às experiências de alguns integrantes, que viam de projetos com essa pegada, incluindo o rap.

Mas a popularidade mesmo veio em 2015, quando o single "I Need U" quebrou recordes e obteve vários prêmios nos eventos sul-coreanos destinados à música. Essa era do BTS ficou conhecida como "The Most Beautiful Moment in Life Pt.1". O pop tomava conta do trabalho e do reconhecimento dos rapazes.

Entretanto, a repaginada não aconteceu somente para eles. O Ocidente, mesmo torcendo o nariz, viu que a onda sul-coreana seria impossível de evitar com a base de fãs da banda crescendo mais e mais dentro de uma era digital tão forte. As redes sociais foram palcos importantes para expandir o trabalho dos artistas.

Exportação bem sucedida

 

Querendo ou não, fazer sucesso nos Estados Unidos é um divisor de águas para artistas de diversos campos. Inclusive as estrelas da Inglaterra, por exemplo, mesmo saindo de um país significativo, economicamente falando, passam a receber atenção quando pisam e explodem nas terras do Tio Sam. Adele ilustra isso muito bem.

A globalização, a economia, a lábia norte-americana soube contribuir para todo esse desejo do sonho americano e com Jimin, RM, Suga, Jin, V, Jungkook e J-Hope não seria diferente.

Em 2017, os rapazes fizeram a primeira perfomance em solo estadunidense no “AMAs” (American Music Awards) cantando o single DNA. Um ano depois, foi a vez de “Fake Love”, faixa do disco “Love Yourself: Tear” ser cantada por lá, no “Billboard Music Awards”. E essa escolha, claro, não foi à toa. Além da fama da banda, o que garantiria grande audiência, o disco foi o primeiro trabalho de K-pop a ocupar o primeiro lugar na cobiçada lista “Billboard 200.

“[…] Sim, há xenofobia, mas também há muitas pessoas que nos aceitam muito… O fato de termos conquistado o sucesso nos Estados Unidos é muito significativo por si só”, falou RM para a revista Rolling Stone.

E assim eles seguiram, conquistando mais e mais. Rolou até turnê esgotada rapidamente no Brasil – onde já se apresentaram ainda quando quase ninguém fazia ideia da existência deles, em 2014. Acredita que o público foi de 1.500 pessoas? Muito diferente das 42.500 que lotaram o Allianz Parque em 2019, nos dois dias de show. As outras passagens aconteceram em 2015 e 2017.

No currículo ainda constam duas apresentações no Grammy, indicações à premiação, um amor incondicional do ARMY – o fandom do grupo -, trabalhos sociais e discurso da ONU (Organização das Nações Unidas).

Filhos de uma passagem repleta de tecnologias na sociedade, é difícil desvincular o fato da imensidão que o BTS tornou-se, porém, talento, composições inspiradoras e a troca sincera entre os rapazes e seus admiradores contribuem e muito para a ascensão deles que está longe de ter um fim, mesmo que o preconceito ainda exista. Música é feita para ser ouvida e sentida, a língua diferente só agrega conhecimento.

“[…] Eu gostaria de continuar [o BTS] o tanto quanto eu conseguir e for possível”, garantiu Jimin à Rolling Stone.

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