Bussunda sofria de asma e tinha histórico genético de problema cardíaco

Por - 17/06/06 às 15:42

Gabriela Andrade

O humorista Bussunda não teve muita chance, na manhã de sábado, dia 17, ao ser acometido de um ataque cardíaco. O humorista do Casseta & Planeta, Urgente! morreu rapidamente, sem conseguir chegar a tempo de ser socorrido no hospital, para onde foi levado, em Munique, na Alemanha.

Flavio Cure Palheiro, cardiologista do Bussunda, disse em entrevista, neste sábado, à GloboNews, ter ficado surpreso com a súbita morte do humorista. Segundo contou, Bussunda estava acima do peso, mas que já havia emagrecido, pois estava de dieta. Ele disse ainda, que, em janeiro último, o artista havia passado por um check-up e os resultados dos exames deram todos normais. Porém, Bussunda tinha asma e um histório genético: a mãe e o pai tinham lipidemia, ou seja, colesterol alto, fatores perigosos e que podem ocasionar sérios problemas cardíacos.

“O Bussunda era uma pessoa cuidadosa, que estava um pouco acima do peso, mas que já vinha acompanhando isso, estava fazendo dieta, estava perdendo peso e também tratava da asma com regularidade e com todos os critérios. Me causou realmente espanto, isso que aconteceu, porque no mês de janeiro passado, ele foi submetido a um check-up, que ele fazia com regularidade, e os exames foram absolutamente normais”, disse o médico.

Para o cardiologista, uma morte súbita pode ter várias causas, e no caso de Bussunda, ele não descarta a possibilidade de uma lesão coronariana não detectada e que pode ter evoluído.

“Na faixa etária do Bussunda, uma das principais causas da morte súbita é a doença coronariana. Ele poderia ter alguma lesão de pequena monta, que não foi flagrada no teste que ele fez em janeiro. Isso é muito difícil de acontecer, mas pode ter acontecido e evoluiu rapidamente. Outra causa que justificaria isso seria uma arritmia cardíaca, que pode acontecer em alguém que se exercitou – eu não sei em que circunstância, qual o exercício, a quantidade de exercício que ele fez e a quantidade de medicamento que tomou para a asma, antes ou depois do exercício. Precisaria saber mais detalhes", avaliou o médico.

Ainda segundo o cardiologista, Bussunda era um paciente disciplinado, e sem vícios.

“Ele estava se exercitando com regularidade ultimamente. Estava em tratamento de dieta, sendo acompanhado por um nutricionista, estava perdendo peso, numa fase profissional e familiar excelente, sem nenhum problema. Era uma pessoa que não fazia uso de álcool, não usava droga ilícita e não fumava. O único fator de risco que ele tinha era a sua história genética, porque ele tinha doença coronariana no pai e na mãe, e lipidemia, ou seja, colesterol alto. Realmente, me causou muito espanto o que aconteceu”, finalizou.

O que é um ataque cardíaco

Um ataque cardíaco acontece quando parte do coração não recebe oxigênio em quantidade suficiente.

O coração é um músculo, e como os outros do corpo, precisa de oxigênio, que é fornecido pelo sangue dos vasos sangüíneos, conhecidos como artérias coronárias. Um coágulo sangüíneo em uma dessas artérias pode bloquear o fluxo de sangue para o músculo cardíaco, o que acarreta prejuízos ao coração e a depender do tempo de duração deste bloqueio. Assim, uma parte do coração morre, fazendo com que pare de funcionar corretamente.

Ataques cardíacos podem ocorrer, caso o coração passe a precisar subitamente de mais oxigênio durante exercícios intensos. Tanto homens como mulheres têm ataques cardíacos, risco este que aumentam com a idade.

Placas (fragmentos de colesterol) podem crescer no interior das artérias, diminuindo seu diâmetro. Além disso, coágulos sangüíneos podem então se formar nesta artéria estreitada e bloqueá-la.

Sintomas

– Dor no meio do peito
– Dor no ombro, braço, barriga ou mandíbula.
– Falta de ar.
– Suor intenso.
– Náuseas.
– Fraqueza ou tonteira.
– Palidez.

Diagnóstico

O médico examina e pergunta sobre o histórico médico do paciente. Pode ser necessário a realização de alguns exames para que se verifique como o coração está trabalhando.

Tratamento

– Internação hospitalar por 2 a 7 dias.
– Caso haja dificuldade de respirar,  uso de oxigênio.
Pode ser necessária a realização de uma cirurgia para abrir ou criar um caminho acessório (bypass) para a artéria bloqueada.
– Pode ser administrado medicamento para dissolver o coágulo.
– Outros medicamentos podem ser administrados.

Após alta hospitalar

O médico criará um programa de cuidados. O paciente, ao ir para casa, pode ser necessário que use um pequeno monitor cardíaco nos primeiros dias, que gravará os batimentos cardíacos.

Cuidados devem ser tomados

– Seguir o plano de tratamento feito por seu médico.
– Comer alimentos saudáveis, pobres em gordura e sal.
– Perder peso, se necessário para manter-se no seu peso ideal.
– Iniciar a realização de exercícios quando seu médico liberar para tal atividade e aumentar a intensidade dos mesmos, de acordo com as recomendações.
– Não fumar.
– Ter sempre disponível a medicação. A criação de uma lista com os nomes, as  dosagens, e os horários que deve tomar é útil.
– Tentar manter seu colesterol normal.

– Chamar o serviço de emergência no momento apropriado aumenta a chance de permanecer vivo e também diminui os danos ao coração.

Prevenção

Existem muitas maneiras proteger o coração e diminuir os riscos:

– Não fumar.
– Se tem diabetes, tentar mantê-se sob controle.
– Alimentar-se bem.
– Controlar a sua pressão sanguínea.
– Comer alimentos pobres em gordura e sal.
– Praticar exercícios regularmente.

Fonte: Boa saúde

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