Cabos de aço do musical Xanadu serão periciados fora do Rio

Por - 02/02/12 às 08:13

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Os cabos de aço que sustentavam Daniele Winits e Thiago Fragoso, no sábado (28), quando eles despencaram de uma altura de cinco metros durante o musical Xanadu, na Zona Sul do Rio, não será mais periciado no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) do Rio, que não tem equipamento de tração para checar o peso suportado.

De acordo com o jornal O Dia, o material poderá até ser enviado para testes fora do estado. O delegado Thales Nogueira Braga, da 14ª DP (Leblon), disse que as principais linhas da investigação apontam para falhas humana e técnica.

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Daniele prestou depoimento e foi ouvida por dois delegados durante duas horas. Braga não revelou o conteúdo do relato, mas ressaltou que ainda aguarda a melhora de Thiago Fragoso para marcar o depoimento do ator. Nesta quinta (2), outra vítima e funcionários da técnica e produção do espetáculo serão ouvidos.

Danielle saiu da delegacia sem falar com a imprensa. Pessoas próximas à atriz disseram que ela teria seguido para fazer radiografias porque estaria com fissura na arcada dentária e dificuldades para comer e falar. No entanto, a assessoria da artista negou qualquer dano interno na boca de Winits, que já teria feito os exames necessários enquanto esteve internada. 

A assessoria confirmou que ela ficou com bolha e hematoma no lábio inferior e, por isso, não pode falar muito.

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Além de Danielle, três pessoas foram ouvidas ontem: Heitor Cavalheiro, da empresa Set Cavalheiro FX, que montou os cabos; Carmem Tatiana, sócia da Chaim Produções Artísticas; e a empresária Flávia Florentina Alves, que estava na plateia e foi atingida no ombro pelos patins do ator.

"Eles caíram na minha frente. Muita gente achou que fazia parte da peça. Acenderam as luzes e logo veio uma ambulância do Samu para socorrer o Thiago, que estava mais machucado. A produção está me dando todo apoio e até o Miguel Falabella (diretor da peça)me ligou para saber se estou bem. Ainda estou em choque e sentindo dor, mas com certeza quero voltar para ver o final da peça", afirmou Flávia ao jornal O Dia.

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Na delegacia, Heitor alegou que os cabos são de material sintético americano, modelo D12 Marlow. Segundo ele, o equipamento seria 'super-resistente e o mais moderno no mercado'.

O jornal O Dia revela que este acidente não foi o primeiro ocorrido com a produtora do musical, a Chaim Produções Artísticas. Em 2008, Mariana Barros, que vivia a Cuca na peça Sítio do Picapau Amarelo, em São Paulo, caiu de altura de dois metros. Ela também foi suspensa por cabos montados pela empresa responsável pelo efeito em Xanadu, a Set Cavalheiro FX.

"Meu caso foi sem importância, um incidente, e no dia seguinte já estava trabalhando na mesma cena", disse a atriz.

Em nota, a assessoria minimizou o fato, dizendo que o episódio foi caso isolado. A nota ainda traz a defesa de Heitor Cavalheiro, da Set Cavalheiro FX, que alegou que o acidente há quatro anos foi falha humana.

"Este pequeno incidente em nada tem a ver com Xanadu. Foi falha humana, no engate dos cabos, não houve rompimento nem defeito mecânico. A técnica utilizada era outra, usávamos cabos de aço".

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