Caco Ciocler: ‘Fico chocado como ser ator é um privilégio’

O mercado televisivo brasileiro está apostando em um novo formato para conquistar novos telespectadores e, nesse caso, as séries são o grande destaque atualmente. Unidade Básica, protagonizada por Caco Ciocler e Ana Betta é um exemplo disso. Prestes a estrear, no dia 11 de setembro, a trama inaugura um tema ainda não tratado diretamente na dramaturgia brasileira, o sistema de saúde pública do país.

Em conversa com o site OFuxico, Caco comentou sobre o trabalho e seu personagem na história, Dr. Paulo, uma espécie de garanhão que, mesmo assim, tem comprometimento total com a profissão e aos pacientes.

“Eu fico chocado como nossa profissão é um privilégio, eu não tinha menor noção que existiam unidades básicas, descobri durante a série que minha irmã, que é médica, trabalha em uma delas. Eu não sabia o tipo de trabalho que é feito nesses lugares. Essa profissão coloca a gente em contato com realidades que a gente nunca havia entrado em contato e também é muito gostoso quando a gente, além de tudo, pode contribuir para uma questão importante. Eu fiquei sabendo durante a série que essa discussão é atual e pertinente no mundo da medicina, é tão legal saber que a gente pode através dessa série, abrir essa discussão pra toda sociedade brasileira, quiçá mundial”, contou.

De primeira mão, o ator ainda revelou que Dr. Paulo pode retratar uma doença tida por muitos como tabu, o alcoolismo, ao comentar sobre uma cena em que, ao lado de um outro personagem, ele bebe um café em uma mesa de bar com cervejas.

“Eu to muito emocionado com o resultado. Acho que o que eu posso dizer é isso, o grande barato da série é que os personagens tem um marco dramático pessoal muito intenso, muito profundo e que, genialmente, a série foi criada, soltando aos poucos pequenas dicas que se fecham no final da primeira temporada. No final, você entende, dicas que foram soltas desde o primeiro episódio”, revelou.

Caco, conhecido por muitos em novelas globais de sucesso, como Salve Jorge, América e Páginas da Vida, falou ainda sobre a diferença entre trabalhar em diferente áreas dentro da dramaturgia, reforçando ainda uma referência internacional para compor seu personagem.

“Eu nunca tinha feito série que cada episódio é um caso, então são curvas dramáticas em cada episódio. Existe uma história entre os oito episódios e que se encerram em cada episódio.  (…) Olha, eu não vou mentir pra você mas eu vi Dr. House inteiro, durante, eu não conhecia e fiquei apaixonado. Tinha coisas que eu amava na série, mas Unidade Básica não é sobre isso. Então, como juntar num mesmo ser tamanha humanidade com esse tempero tão interessante que o Dr. House tem, isso foi a coisa mais legal”, disse.

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