Camila Pitanga relembra perda da virgindade: ‘Me machucava’

Por - 07/12/22 às 11:18

Camila PitangaReprodução/Youtube

Na última terça-feira, 6 de dezembro, Camila Pitanga participou do podcast “Quem Pode, Pod”, apresentado por Giovanna Ewbank e Fernanda Paes Leme. Na ocasião, a atriz mostrou que não tem papas na língua e falou bastante sobre sua sexualidade.

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A artista relembrou o romance com Beatriz Coelho, que durou dois anos. “A gente vive ainda em um país que tem dificuldade de entender que as pessoas possam ser livres e amar do jeito que quiserem. Diria que sempre fui uma heterossexual convicta. Não via essa possibilidade, não estava no meu radar. Não como um problema, mas no desejo. Já tinha dado uns beijos, bi festinha, mas não era um desejo. Libido é algo em construção, não é algo que nasce com você, formatado, e acabou. Você pode se desenvolver para o lado que quiser. Acho que foi um lance de expansão. Primeiramente, de afeto, porque eu vivi um amor, e não uma sexualidade. Isso não era para ser uma missão, um panfleto. Claro que com a compreensão de que isso significava para muitas pessoas. Mas o dilema era que eu entendi uma responsabilidade sobre isso. Para sustentar isso, você tem que ter vivência. Acho que isso estava atropelando um pouco a gente”, disse ela.

Mesmo já tendo se relacionado com homens e mulheres, Camila afirmou que não tem uma orientação sexual definida. “Se me cobrarem agora um nome, uma caixinha, eu não me daria nome como bissexual. Estou em movimento, estou vivendo. Mas, politicamente, entendo a importância de dizer isso. Minha libido é aberta, adoro gozar e não vou abrir mão da minha liberdade porque as pessoas estranham”.

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A famosa também fez questão de se derreter pelo atual namorado Patrick Pessoa. “Estou namorando seriamente, apaixonada. Um amor maduro. Está bonito. Ele é lindo, um gato. Ele é um homem muito íntegro. Ele come pitanga todo dia há um ano e meio, e nem vou falar a quantidade. Que gostoso! Eu fico até nervosa. A manhã é bem animada, de manhã é o certo. Está todo mundo relaxado, às 5h ou 6h”, brincou ela.

Sem tabus, Camila relembrou quando perdeu a virgindade e revelou dificuldade. “Minha primavera da sexualidade foi bem mais velha. Até um certo momento, não ligava para sexo. Estaria na oitava posição de prioridades. Sexo era algo que falava do amor, mas também tinha outras maneiras de falar do amor. Na real, eu sou bem monogâmica e de histórias longevas. Sou amiga de todos os ex. Eu não era a saidinha do rolê e só fui transar com 19 anos… tive um longo período de frustração porque queria penetração e não rolava. Na verdade, já rolava sexo, já tinha peitinho, chupada, gostosura e gozo. Bem simples, verdade seja dita, já tinha prazer. Mas eu tinha essa fixação da virgindade, da penetração. Me machucava, achava difícil”.

A atriz revelou que teve vaginismo, uma disfunção sexual que causa dor na penetração vaginal, devido a uma consulta no ginecologista com 12 anos. “Para mim, fazer toque não era problema nenhum. Só que eu era virgem, e ele me meteu um bico de pato. Jamais ele poderia ter feito isso. Eu só entendi isso muitos anos depois. Eu credencio meu vaginismo a essa experiência, que fez eu ter uma memória na vagina de prisão, de medo… considero isso uma violência, só que não tinha cunho sexual. Não senti esse tipo de invasão, mas me marcou por anos… sorte que tive ótimos parceiros e fui aprendendo a relaxar. Talvez por isso minha sexualidade não estava no meu campo de prioridade. Hoje eu não vivo sem”.

RELAÇÃO COM O PAI

Durante o Podcast, Camila Pitanga comentou sobre sua relação com Antônio Pitanga, seu pai e colega de trabalho. “Meu pai me deu uma educação muito saudável nesse sentido de troca, de conversa. Meu pai é amigo até hoje. Ele tem 83 anos, mas tem alma jovem. Ele é bom de conversa, divertido, gaiato. Claro que também brigamos, mas não dura cinco minutos… às vezes, como filha, a gente está muito próxima e não enxerga a grandeza, o tamanho como artista. Fica uma coisa meio visada, até como filha, rabugenta”, disse ela.

A atriz também revelou as descobertas que fez durante o documentário “Pitanga”, do Globoplay. “A gente fez uma lista para ter as pessoas com quem conversar. Na hora, no set, eu descobria que a maioria era ex-namorada. No set, ele estava tocando o barco, com alegria e encantamento de toda a equipe. Nos últimos dois anos, meu pai fez três filmes, três séries. Meu pai não para! Ele joga futebol. É mais jovem que nós”.

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