Cantor da dupla Gian & Giovani revela ser portador de vitiligo

Por - 21/05/06 às 19:14

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A dupla Gian & Giovani participou, neste domingo, dia 21, do programa Domingo Legal, no SBT. Entre a apresentação de um sucesso e outro, Gian revelou ao apresentador Gugu Liberato que sofre de vitiligo, doença que causa manchas brancas progressivas na pele. 

Segundo o cantor, as manchas aparecem nas mãos e nos braços, desde sua adolescência.

“Desde os 15 anos de idade, começaram a aparecer as primeiras manchas. Elas começaram do nada. Dizem que é psicológico, mas eu não sei exatamente se é isso”, conta.

O cantor, que desconhece a causa da doença, diz que as manchas o incomodam, por mexerem com seu visual e, possivelmente, atrapalhar sua imagem.   

“”Não sei bem a causa, mas o que me incomoda é mais para o visual. Eles (especialistas) falam que pode ser hereditário, mas meus pais não têm isso”, disse ele, acrescentando que o tratamento que realiza, embora lento, tem sido bem eficaz.

O astro Michael Jackson, que é (ou era) negro, teria passado pelo mesmo problema. Pelo menos é o que ele alega, pelo fato de sua pele ter clareado tanto nos últimos anos. Mas, segundo especialistas no assunto, ele teria clareado a pele de vez, para não deixar transparecer as manchas brancas em sua pele que antes da cor negra.

O que é a doença

É caracterizada pela despigmentação da pele, formando manchas brancas de bordas bem delimitadas e que crescem. Ocorre em 1% da população e, em 30% dos casos, há ocorrência familiar. Eventualmente, o vitiligo surge após traumas ou queimaduras solares.

Causa

A causa não está esclarecida, mas há três teorias para explicar a destruição dos melanócitos:

Teoria Imunológica – o vitiligo pode estar associado a doenças imunológicas, tais como diabetes, anemia perniciosa, lúpus, esclerose, Síndrome de Down, tireoidite de Hashimoto, entre outras.
 
Teoria Cititóxica – o vitiligo estaria relacionado à destruição das células melanocíticas
 
Teoria Neural – um mediador neuroquímico causaria destruição de melanócitos, ou inibiria a produção de melanina.
 
Sintomas

Não há descrição de sintomas. A maioria dos pacientes procura o médico pelo problema estético que a doença ocasiona, embora haja quem consulte em virtude das queimaduras solares nas áreas manifestadas.

No início, surgem manchas hipocrômicas, depois acrômicas de limites nítidos, geralmente com bordas hiperpigmentadas, com forma e extensão variáveis. As áreas mais comumente afetadas são: punhos, dorso das mãos, dedos, axilas, pescoço, genitália, ao redor da boca, olhos, cotovelos, joelhos, virilha e antebraços. É raro acometer nas palmas das mãos e plantas dos pés.
O vitiligo comumente traz disfunção emocional, tornando necessário o tratamento psicológico.

Diagnóstico

O exame do paciente, feito com lâmpada de Wood, pode ser de grande utilidade para detectar manchas iniciais. A biopsia (exame de pele) dificilmente é necessária para o diagnóstico diferencial.

A evolução do vitiligo é imprevisível, não havendo critério clínico ou laboratorial que oriente a prognose. A repigmentação espontânea da pele, nos lugares lesados, pode ocorrer.

Tratamento

Para o vitiligo universal, com poucas áreas de pele normal (superior a 50% da superfície cutânea), pode ser proposta a despigmentação das áreas restantes de pele normal. Para pacientes com lesões pequenas, em número reduzido e nas fases iniciais da doença, pode ser proposto tratamento tópico. Nas crianças, o resultado costuma ser favorável.

Em áreas crômicas localizadas, estando o quadro evolutivo estacionado, têm sido feitos minienxertos com resultados estéticos relativamente satisfatórios. A ingestão de alimentos com carotenos ou administração de betacarotenos origina uma cor amarelada na pele, que tem alguma ação protetora e efeito cosmético.

O uso de filtro solar adequado na pele despigmentada, é fundamental para proteger de queimaduras e do dano solar a longo prazo. As lesões de vitiligo queimam-se facilmente e as margens pigmentam-se, tornando maior o contraste. Além disso, a queimadura solar pode aumentar ou desencadear novas lesões.

Outro método terapêutico eficaz no vitiligo é a fotoquimioterapia, que é o emprego sistêmico ou tópico de substâncias fotossensibilizantes, seguidas da exposição à radiação ultravioleta.

Prevenção

Não existe prevenção para a doença ou mesmo para sua progressão.

Fonte: site ABC da saúde

 

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