Cardiologista diz que Dr. Murray deveria ter usado oxigênio para reanimar Michael

Por - 12/10/11 às 17:28

Reprodução

O julgamento de Dr. Conrad Murray, que é acusado por homicídio culposo, sem intenção de matar, no caso da morte de Michael Jackson, não começou nada bem para seu lado nesta quarta-feira (12)

Dr. Alon Steinberg, um dos principais cardiologistas da Califórnia, iniciou seu depoimento deixando bem claro que era cardiologista e não anestesista. Logo de cara, ele já apontou seis erros grosseiros de Dr. Murray com relação a Michael Jackson.

Michael Jackson jamais poderia ter usado o medicamento Propofol em casa para dormir, já que este só deve ser administrado em um hospital, e por um anestesista, e que Conrad Murray, na condição de médico, sabia disso.

Steinberg fez questão de afirmar que todo o seu depoimento era baseado nas próprias palavras de Murray ao relatar o que aconteceu no dia em que o cantor morreu.

"Murray não tinha os equipamentos básicos em caso de uma emergência e parecia não ter ideia do que estava fazendo", disse, acrescentando que o mesmo aconteceu quando Murray chegou ao Centro Médico da Universidade de Los Angeles.

O cardiologista ainda disse que o Dr. Murray devia ter dado o antídoto do Propofol (Flumazenil), ligado para o 911 e ter dado oxigênio para o cantor com uma balão de oxigênio, coisas que ele não fez.

"Murray poderia ter usado Flumazenil, um antídoto para o Propofol, ligado para o 911, deveria ter dado oxigênio através de uma bolsa com pressão, mas ao invés disso tentou respiração boca a boca, que não tem o mesmo efeito. Ele fez massagem cardíaca, mas o coração de Michael estava batendo normalmente. Ele não soube lidar com os reais problemas”, disse Steinberg.

Steinberg ainda disse que o comportamento de Dr. Murray perante aos problemas foi “bizarro”. "Conrad Murray fez tudo errado, não agiu corretamente com os procedimentos quando percebeu que algo estava errado com Michael Jackson e acabou não ajudando. Foi bizarro".

O cardiologista ainda disse aos promotores que nunca ouviu falar de casos de uso de Propofol para adormecer um paciente e que Murray não anotou nada sobre o que ocorreu com Michael Jackson, o que causou certa confusão na sala de emergência do hospital.

“Murray não fez nenhum relatório. Isso é importante não só para fins de segurança, mas também para se certificar que tudo está documentado, para que não sejam cometidos erros. Porém, nem um único sinal vital foi escrito o que causou confusão na sala de emergência”, disse Steinberg, finalizando a primeira parte de seu depoimento antes do recesso para o almoço.

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