Carol Dieckmann relata últimos momentos com Preta Gil: ‘Ela não desistiu’

Durante participação no Estúdio I, da GloboNews, Carolina Dieckmmann compartilhou como foram os dias finais da cantora Preta Gil, que morreu neste domingo (20), aos 49 anos. A atriz viajou para Nova York no fim da semana passada para estar com a amiga.

Decisão inesperada

Segundo Carolina, a situação de Preta piorou rapidamente após sua chegada aos Estados Unidos.

“Quando resolvi ir, não tinha nada muito grave acontecendo, além dela estar fraca com o tratamento e quando cheguei lá a situação mudou drasticamente. E esses últimos quatro dias ela foi indo. A gente queria muito que ela viesse pro Brasil, mas ela muito fraca e sem dor e cercada de muito amor. Passei os últimos quatro dias fazendo muito carinho com ela”, relatou.

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Presença constante de amigos e família

Durante esse período, a cantora esteve cercada por pessoas próximas. Flora Gil, madrasta de Preta, a médica Roberta Saretta e a amiga Jude Paulla estiveram ao lado dela durante todo o tempo.

“Ficamos debruçados sobre ela dando carinho profundamente. Ela não sentiu dor e estava com muito amor”, completou Carolina.

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A atriz também destacou o quanto Preta se manteve envolvida com aqueles que a cercavam.

“Preta é única. Ela tem um magnetismo muito forte, um amor que não para de nascer. A sensação que tenho é que ela está o tempo inteiro emanando isso. E ela teve, nestes momentos do tratamento, ela teve esse amor ao redor dela.”

Amizades e enfrentamento

Carolina lembrou que, apesar de dificuldades pessoais, a cantora não enfrentou a doença sozinha.

“Sabemos que tem muitas pessoas que são abandonadas, a Preta tem uma história horrorosa do ex-marido que a abandoou. E ela tem uma história contrária, tirando o ex, em nenhum momento ela esteve sozinha. E foi isso que repetimos pra ela nesses últimos quatro dias e ela sentiu isso, com certeza”, contou.

Em outro momento da conversa, a atriz também citou o tempo que passou com Preta nos últimos dias.

“Essa foto, essa minha postura, é como fiquei neste últimos quatro dias. fiquei na mão, fazendo massagem no pé porque estava inchado…”

A escolha de viver intensamente

Carolina ressaltou que, mesmo com a doença, a amiga fez questão de aproveitar a vida sempre que pôde.

“E ela viveu todos o momentos que ela pôde e muito intesamente. Todas as brechas que a doença deu desde o aparecimento. A festa linda que ela deu de 50 anos. Qualquer brecha que a doença desse, ela aproveita com muita vida e explosão. Não é só exemplo porque ela fez, era a maneira da Preta ser.”

A jornalista Flávia Oliveira perguntou se Carolina achava que Preta teve consciência da proximidade do fim.

“Ali, nas últimas horas, muito cansada e fazendo poucos contatos conscientes, talvez lá dentro dela tenha sentido esse fim chegando. A sensação, ao olhar, foi que ela dava tudo o tempo todo e ela foi até onde ela pode, ela não desistiu.”

Despedida com comoção

Andreia Sadi, também presente na conversa, encerrou o momento com uma reflexão emocionada:

“Estamos muito emocionados aqui, como o Brasil inteiro. Essa dor é do Brasil, mas esse exemplo de coragem que é Preta Gil. Impossível falar dela no passado.”