Carolina Dieckmann revela que não tem medo de envelhecer

Por - 03/11/13 às 11:23

Divulgação/TV Globo

O coque, os chapéus e os vestidos acinturados de Iolanda (já rica, na segunda fase de Joia Rara) pouco dialogam com a vida real de sua intérprete Carolina Dieckmann. Numa moldura clara e simples, a atriz é aquilo que se vê: cabelos soltos, maquiagem natural e praticidade no jeito de encarar as coisas. Mas a primeira personagem de época no currículo de Carolina tem uma musa inspiradora muito próxima: Dona Marli, sua avó materna.

“Sabe aquela pessoa que nasceu na época certa? Ela era ruiva, tinha o cabelo preso do lado, e se vestia desse mesmo jeito”, conta em entrevista à revista canal Extra a atriz, que estreou na trama das seis no mesmo dia em que completou 35 anos de idade. “Minha avó foi mãe aos 16. Naquela época, as mulheres eram mais maduras. Minha maturidade pessoal me fez entender a profundidade da Iolanda.

Com 20 anos de carreira, Carolina gosta de experimentar a insegurança de quem está começando. E é por isso que o sofrimento da personagem, vítima nas garras do vilão Ernest (José de Abreu), lhe é tão visceral. Prato cheio para a diretora Amora Mautner, com quem ela trabalha pela primeira vez. E dor não é material de cena novo para a atriz. Que o digam Camila, a jovem que lutou contra um câncer em Laços de Família, ou Jéssica, traficada e morta em Salve Jorge, ambas exibidas na Globo.

Apesar do reconhecimento do público e da direção da emissora, Carolina prefere atuar “do zero”. E confia no acaso que a levou apenas agora para o universo antigo (em 2006, ela faria o remake de Sinhá Moça, mas acabou sendo escalada para a primeira vilã de sua carreira, a platinada Leona, de Cobras & Lagartos).

“Na época fiquei louca por não fazer Sinhá Moça, mas hoje sei que foi o melhor. Ainda tenho insegurança e muita vontade de acertar”, afirma ela à Canal Extra.

Da infância e da adolescência, Carol quase não tem registros: a casa da família foi destruída por um incêndio quando ela tinha 11 anos. Praticamente todas as fotos que o pai, amante da fotografia, fez dela e dos três irmãos foram perdidas. O pouco que conseguiu reunir com a avó e outros parentes ela compartilha com os fãs no perfil do Instagram — junto com as novas memórias que constrói com o marido, o vice-presidente da MTV Tiago Worcman, e com os dois filhos, Davi (de 14 ator Marcos Frota, e José (de 6). A atriz coleciona seguidores que a acompanham desde o início e mandam até presente de aniversário. Mas sobre o assédio exagerado de fãs e de paparazzi, ela prefere contemporizar.

“Davi não gosta de fotógrafo. Estava na praia fazendo exercício funcional, e ele logo amarrou a cara quando percebeu que tinha um ali. Explico que o que não tem remédio, remediado está. Ninguém vai tirar pedaço da gente. Não vou deixar de curtir o dia com ele por causa de um fotógrafo”.

Os rumores de que é antipática, Carol acredita que tenham vindo da polêmica com os humoristas do  Pânico. Ela processou a RedeTV! por danos morais, alegando ter sua vida invadida depois que foi chamada pelo programa na porta de casa com guindaste e megafone.

“Ninguém até aquele momento tinha me chamado de antipática. Pode ter coincidido com a Leona, que foi a minha primeira vilã”— opina a atriz, vítima em outra polêmica: o vazamento de fotos íntimas na internet, caso que culminou judicialmente na criação da lei conhecida com seu nome, que promoveu alterações no Código Penal, tipificando crimes virtuais. “Fico orgulhosa em saber que outras mulheres podem se proteger com a lei”.

Casada com um amor da adolescência, Carolina diz estar vivendo um conto de fadas. Os pombinhos vivem na ponte aérea, já que ele se mudou recentemente para São Paulo. Ciúme do trabalho da mulher, Tiago diz não ter.

“Se já vi ela agarrada com Erik Marmo ao som de Marisa Monte, não vou ficar chateado com o José de Abreu”, brinca o marido, feliz por manter o essencial na vida a dois em terra firme: Existe a confiança e o respeito, que não trafegam.

Medo de envelhecer a loura não tem. Uma prova é a ausência de botox no rosto.

“Preciso de cada marca de expressão no meu rosto, sou atriz. Tenho medo de morrer. A maternidade é um laço forte com a vida. Quero ver meus filhos me darem netos”.

Para o futuro da carreira, Carolina não tem planos.

“Espero que os próximos 20 anos sejam tão bons quanto os que passaram”.

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