Cássia Kis revela ter sido vítima de assédio sexual por três vezes
Por Redação - 11/07/20 às 14:00
Numa comovente e reveladora entrevista à revista Veja, Cássia Kis contou que tem planos de escrever sua biografia. A artista de 62 anos, 40 deles dedicados ao ofício de atriz, destacou que, entre os assuntos, estarão as três vezes em que foi vítima de assédio sexual.
"Tenho vários blocos de anotação aqui em casa. Daqui a pouco eu tiro do papel. Tenho muita história para contar. Sou uma mulher que conhece com muita força as questões do assédio sexual e moral. Fui assediada sexualmente pela primeira vez aos 11 anos, pelo meu dentista", disse.
A atriz, que passa a quarentena ao lado dos três filhos, Maria, de 25 anos, Pedro Gabriel, de 18, e Pedro Miguel, de 16, disse que houve outras duas situações.
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"A mais recente na última década. Também era dentista, famoso. Não vou citar o nome porque vou acabar com a carreira dele, mas o denunciei para o próprio filho. Ele tinha que saber o que o pai fez. Fiquei traumatizada", contou ela à coluna Beira-Mar, na Veja Rio.
Cássia também afirmou ter sido vítima de assédio moral no trabalho.
"Sofri no trabalho e fora dele. Esse é terrível porque você mata as pessoas aos poucos, sem sujar as mãos. Me fizeram muito mal. No meu livro não vou xingar ninguém, só vou mostrar como nós podemos ser perigosos e cruéis.
Quarentena e política
Para Cássia, a quarentena não tem sido nada tranquila. A atriz destacou que relax é algo que não tem neste período de pandemia em função do coronavírus e afirmou estar exausta.
"Não tenho apoio nenhum, e minha casa é grande. Hoje fiz o almoço, mas ainda não limpei a cozinha. Daqui a pouco chega a hora do jantar e está tudo sujo ainda. Quando vejo, é quase meia-noite e não parei. Estou com três homens em casa. Homens que comem muito. Tenho muita roupa para lavar, meu banheiro está uma zona, tem dez dias que não troco a roupa de cama. Fiquei séculos sem cortar a unha do pé e só fiz isso ontem. Estava um horror, parecia unha de mendigo", disse.
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Cássia ainda destacou a oscilação de sentimentos nesta fase e fez sua crítica ao presidente da república.
"Ando muito triste também e às vezes penso como seria bom dormir 48 horas seguidas. Choro todos os dias e às vezes tenho a sensação de que estou testemunhando o fim do mundo, porque não dá para viver em paz sabendo que tem gente sem ter o que comer, sem acesso à saúde. E o pior é que temos um presidente que é um homem infantil, não amadureceu. Os absurdos que ele diz são coisas de criança, de homem mimado. O Bolsonaro tinha que levar uma surra de cinto da mãe dele."
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