Catarina Abdalla celebra sucesso de Dona Jô do Vai Que Cola

Por - 29/03/21 às 18:10 - Última Atualização: 6 abril 2021

Divulgação/Julia Coutinho/Globo/Multishow

Catarina Abdalla faz o maior sucesso como a Dona Jô do Vai Que Cola, Multishow e Globo. Na história, ela é uma mulher empoderada, que criou a filha sozinha, Jéssica, papel de Samantha Schmütz. Dona de uma pensão, Dona Jô mora com mais uma turma bem maluca e engraçada. Ao OFuxico, Catarina falou do sucesso do sitcom e da importância da  personagem para sua carreira: “Presente na minha vida, ela é alto astral, tem muita energia”.

O desejo de ser atriz aconteceu graças aos conselhos de sua mãe. Na infância, Abdalla aprontou bastante. Pulou de um trem em movimento, andou de bicicleta sem freio ladeira abaixo, quebrou dente, teve traumatismo craniano… “Não tinha noção do perigo", diz ela aos risos. Catarina se orgulha de ter dado vida à personagem Cuca do Sítio do Pica Pau Amarelo entre 1981 e 1986, e por poder trabalhar levando alegria para as pessoas num momento tão complicado como o que vivemos.

Confira!  

OFuxico: Dona Jô faz um enorme sucesso. Como foi a construção da personagem?
Catarina Abdalla:
Ela é a figura central daquela história, ela tem um pouco da minha irmã.

OFuxico: O programa é um sucesso na TV paga e há pouco tempo ganhou edição especial na Globo, ou seja, um novo público.


Achei maravilhoso, foi um presente na minha vida.  Tivemos uma grande audiência.  As reações nas redes sociais são maravilhosas. Eles me prestigiaram muito. Os fãs ficavam esperando acabar o episódio no Multishow para mudarem pra Globo e foi muito legal…

OFuxico: O que as pessoas mais falam sobre a Dona Jô pra você?
Catarina Abdalla:
Falam da energia, da alegria, do astral da Dona Jô. Ela é doida. Às vezes ela pira. Ela vai na hortinha dela e fica mais tranquila. (risos).

OFuxico: Ela sonha em encontrar um amor, uma companhia… Como o público analisa esse contexto? E você? O amor na maturidade, o companheirismo…
Catarina Abdalla:
O público ainda é apegado ao Seu Wilson (Fernando Caruso) e eu também. Depois que ele saiu a Dona Jô casou, não rolou…Ela é vívida, né. Eu acho que um novo amor na vida dela tem que ser na pegada do Seu Wilson, que ajuda, é mais romântico, ela não precisa de um homem pra ficar se agarrando, beijando toda hora, mais parecido com seu Wilson, com os seus pitacos [estilo próprio], claro, aquela pessoa que está ali pra dar uma força.

OFuxico: Dona Jô representa bem mulheres de meia idade, com filhos e quem sonham em ter uma companhia?
Catarina Abdalla:
Ela vive a vida dela, ela não tem esse foco de inspirar. Se aparecer alguém, apareceu.  Ela representa uma mulher de meia idade, sensual, de vida própria. Ela levanta essa bandeira nesse mundo machista.  A Dona Jô é independente. Pelo próprio movimento dela, pelo corpo e expressão, ela já diz muito.

OFuxico: Os bastidores do Vai que cola são engraçados como no set? O público se diverte com os erros de gravação.
Catarina Abdalla:
Ele é divertido sim, mas nos bastidores a gente trabalha muito. Chegamos aos estúdios às 10h30 e saímos às 22h da noite. Esse ano não teve plateia, mas trabalhamos muito.

OFuxico: Sente saudade de fazer novelas?


Sinto muitas saudades das novelas, mas tenho muito orgulho de ter o Vai Que Cola na minha vida. Já são nove anos. É um programa irreverente, abrangente, de muita alegria. E nesse momento é um privilégio ter um trabalho assim.  
 

OFuxico: Como ingressou na carreira de atriz?  Quem te inspirou? Acreditou no seu trabalho? Primeiro teste, primeiro set?
Catarina Abdalla:
Nunca pensei em ser atriz, nunca nem tinha ida ao teatro. Fui dançar quadrilha e naquele lugar eu fiz um monte de palhaçada, e minha mãe me deu essa dica. Foi graças a ela. Minha mãe me inspira, ela é meu guia, me inspiro na vida, nos meus amigos, família, e eu mesma.

OFuxico: Acredita no poder da arte como forma de reflexão? Inclusive do humor para alertar sobre questões sociais?

Como diz o ditado: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura… E as pessoas precisam abrir mais a cabeça pra arte.  O humor fala de tudo, o tempo inteiro.

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