Catia Fonseca crava: ‘Eu sentia necessidade de um desafio’

Por - 27/08/20 às 09:00

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Olho para o ponteiro do relógio e noto que faltam poucos segundos para às 18h. Pego o aparelho celular e ligo para a minha entrevistada, Catia Fonseca, que de imediato me atende com extrema simpatia. Sou contagiada com o riso fácil de uma das apresentadoras mais cativantes da TV brasileira.

Antes de começarmos a entrevista, engatamos um papo sobre investimento. Sim, recebi toques valiosos de quem já se acostumou a receber especialistas de diversas áreas em suas atrações.

O papo com OFuxico foi se estendendo e mudávamos de tema numa intimidade de quem acabara de se conhecer mais informalmente. O acolhimento foi mútuo na medida da sintonia que nos impactou.

Depois de um breve aquecimento, sentindo-se mais à vontade, quebramos qualquer gelo – aparentemente inexistente – para assim iniciarmos de fato a entrevista previamente agendada.

Início de carreira

Catia Fonseca na década de 1990, estreando na Rede Mulher

Embora esteja há 26 anos nesta caixinha mágica que é a TV, engana-se quem imagina que sempre foi um objetivo de Catia Fonseca trabalhar na área.

“Eu não tinha o sonho de trabalhar em televisão. Minha vontade era ser garçonete, depois aeromoça, nada a ver com esse universo. Fiz o curso de Rádio e TV no Senac, por indicação do meu ex-marido que já trabalhava na imprensa e me falava que eu era extrovertida, comunicativa. Estudei. Eu não sou de planejar muito, me jogo naquilo que acredito. Lógico, eu pondero se estou a fim de pagar os riscos, se eu achar que vale, vou. As coisas que eu planejei e não deram certo, me frustraram, então prefiro ficar atenta às oportunidades que vão surgindo”, confessou ela para OFuxico.

A apresentadora já esteve no comando dos programas Com Sabor (1994), Universo Feminino (1995-97), Mulher de Hoje (1998), Pra Você (1998-99), Note e Anote (1999-2000).

Mulheres: 15 anos

A apresentadora com Mamma Bruschetta no vespertino Mulheres

À frente do vespertino Mulheres da TV Gazeta de 2002 a 2018, Catia já estava no aconchego da famosa “zona de conforto”. Isso a incomodou. Algo sinalizava que era hora de se reinventar no ofício.

“Durante esse tempo outras oportunidades apareceram… Mas quando eu ouvia cada proposta não achava que fosse interessante, às vezes pelo horário ou por outros motivos. Neste sentido sou muito razão e não coração. Eu analiso friamente. E não adianta me acenar com dinheiro, que não é bem assim… Lógico que a gente quer ser reconhecido e receber bem, mas não é pelo dinheiro que vou!”, esclareceu.   

A famosa das tardes ressaltou sua honestidade com a empresa que era contratada.

“Sempre fui franca com a Gazeta, dizendo que, se aparecesse um convite, eu falaria para eles. O fato de o programa ser longo nunca foi uma dificuldade, porque eu me divertia no ar e não percebia o tempo passar. Mas eu sentia necessidade de um desafio. Não queria a zona de conforto, precisava me mexer. Eu gosto de me desafiar e ser desafiada! Não curto marasmo. Os meus objetivos profissionais destoavam da emissora, que estava satisfeita com aquele formato”, pontuou ela.

Assinado com a Band: Melhor da Tarde

Radiante no comando do Melhor da Tarde, exibido diariamente na Band

A proposta da concorrente brilhou os seus olhos, pois era um conjunto de fatores que esperava realizar na carreira.  

“O convite da Band foi desafiador, porque estava nos dando uma liberdade com o suporte do jornalismo da emissora, algo que sempre admirei. Uma proposta muito legal de viajar com o programa pelo Brasil e eu gosto de ter o público perto. Era justamente o que eu desejava! Estar junto com as afiliadas, e acima de tudo, identificar o que este público da Band queria. Fomos buscando entender, o programa se modificou ao longo desses dois anos. [O convite] foi da noite para o dia, não um processo demorado. Todo mundo que trabalha em TV é chamado para conversar o tempo todo”, disse.

Rainha do Merchandising

Rainha do Merchandising

Procurada em demasia pelos contratantes de renomadas marcas, Catia confessa que se sente honrada pelo título recebido de forma carinhosa.

“Muita gente acha algo pejorativo, mas para mim é uma grande honra. As empresas só associam suas marcas a alguém com credibilidade, então isso é muito bom”, festejou.  

Maturidade: e a crise dos 50?

Poderosa aos 51

No auge de seus 51 anos, ela celebra com alegria e gratidão o passar dos anos.

“Eu não passei por crise em nenhuma idade. Sou de bem comigo. No dia em que eu achar que estou gorda, fecho minha boca e emagreço, por exemplo. Não quero ter aparência de uma menina de 15 anos, isso é impossível. Desejo estar ótima com a minha idade. Eu lido bem com esse envelhecimento. Não tenho a pretensão de ficar nova a vida toda, não. Quero envelhecer bastante e viver muito! (risos)”, argumentou.  

E o que será que irrita Catia Fonseca, que é a positividade em pessoa?

“Gente mal-humorada e pessimista me T I R A M do sério”, sintetizou ela.

Rádio Bandeirantes: Do Bom e do Melhor

Aos sábados no ar pela rádio Bandeirantes, das 10h às 12h

Após um hiato de uma década, a profissional de TV teve recentemente, a oportunidade de retomar algo que sempre a fascinou tanto quanto.

“Eu já tinha feito a rádio Mundial há dez anos, gosto muito! Quando me fizeram o convite eu fiquei super contente. Faço o programa na Rádio Bandeirantes aos sábados, das 10h às 12h. Ah, e nos próximos meses vou estrear um programa no canal Terra Viva que é ligado ao agronegócio. Foi uma proposta muito legal! Já estamos nos estruturando para apresentar às segundas, quartas e sextas”, concluiu a veterana dos estúdios que vem mostrando versatilidade para tocar 1, 2, 3, 4… quantos projetos ela quiser!

Catia Fonseca recebe o ator Tony Ramos na Rádio Bandeirantes

Catia Fonseca esbanjando simpatia na página do OFuxico

Catia Fonseca reflete na web: 'Tempo de ter consciência'

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