Cauã Reymond cria série e revela como morte da mãe ‘mexeu’ em sua vida
Por Redação - 29/07/20 às 08:50
Ter protagonizado a série Alemão não foi apenas mais um trabalho na trajetória de Cauã Reymond. O ator carioca de 40 anos tem aproveitado esta fase de quarentena, por conta da pandemia do coronavírus, para participar da Lifesaving Conversations (Conversas que Salvam Vidas), uma parceria com a professora Camila Cristal.
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A iniciativa é parte de um projeto que visa tirar crianças e jovens de contextos de violência por meio da educação no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. No novo desafio, Cauã já conta com o apoio de Ludmilla, Pabllo Vittar e Daniela Mercury, que já confirmaram participação no projeto, comandado pela organização internacional Liberatum, para arrecadar fundos a comunidades vulneráveis durante a pandemia.
Paralelo a isso, ele prepara sua primeira série de TV. O artista está produzindo uma atração que vai destacar os bastidores do futebol, mostrando, inclusive, tudo o que acontece fora das quatro linhas, incluindo os negócios, a fama, as festas e as encrencas.
Como criador do programa, é dele a responsabilidade de convidar diretor, roteirista e outros integrantes da produção. Em entrevista ao G1, o ator contou que, nos últimos meses, se aproximou ainda mais do esporte, algo que sempre esteve presente em sua vida, por conta da perda da mãe, vítima de um câncer. No ano passado ele também perdeu uma tia para a doença. Cauã tem praticado surf e tem feito análise duas vezes por semana.
"Sempre tive contato com o esporte. Fui atleta na adolescência. No ano passado, perdi minha mãe e minha tia para o câncer. Com isso, minha relação com esse lugar do bem-estar ganhou um novo capítulo. Por ter tido essas perdas para a doença, encontrei na saúde e no cuidado com a cabeça um lugar de cura. Eu amo estar em contato com isso porque sinto muita saudade da minha mãe. Na série, vamos falar sobre muitos assuntos delicados. Está sendo muito legal trabalhar com ela nesse período. Estamos tocando em lugares corajosos."
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No horário nobre
Assim que as gravações de novelas voltarem, o ator estará com duplo papel na trama de Lícia Manzo que vai substituir Amor de Mãe. Será seu retorno às novelas, após um afastamento voluntário de cinco anos.
"Já tinha iniciado as gravações da próxima novela das 21h. Estava muito aquecido como ator. Foi difícil parar no meio. Filmamos em Praga, em São Paulo e estávamos filmando no Rio quando começou a quarentena. Eu tinha esquecido o quanto se trabalha em novela, se trabalha muito. É um trabalho árduo de contar a mesma história de forma diferente todo dia, pra que a pessoa que não viu na segunda possa entender na terça. Mas é um trabalho também de muito reconhecimento. As pessoas entram em contato com seu trabalho de forma muito imediata. Estou curioso pra saber como vai ser sentir isso de novo", disse.
Cauã explicou ainda ao G1 que seu afastamento das novelas foi por conta da doença de sua mãe.
"Foram planejados, sim. Minha mãe ficou 5 anos doente. A família se organizou para estar presente, estar com ela nesse período. Mas foi também um desejo artístico, para fazer outros projetos e dar continuidade ao caminho que eu sonhava para minha carreira. Nesse período fiz coisas muito bacanas, que só me amadureceram. Mudei um pouco a plataforma e acho que isso faz parte do jogo. Me sinto lisonjeado por ter tido essa possibilidade, sei que não é uma coisa tão fácil. mas foi fruto de muito trabalho, de não tirar férias nos 10, 15 primeiros anos da minha carreira. Sempre emendava uma novela com algum filme. Fico muito feliz por ter conseguido me dar essa oportunidade e também por ter ficado perto da minha mãe durante esses últimos anos."
Fábio Assunção como inspiração
O isolamento e distanciamento social por conta da pandemia fizeram com que Cauã se aproximasse mais do mundo virtual. E nessa jornada, ele teve inspirações.
"No começo, cada semana era uma semana. Busquei conversar com outras pessoas pela internet, como muita gente fez. Tentei falar com pessoas que me inspiravam naquele momento, pra lidar com a angústia, a ansiedade e o medo. Acabei sendo levado para o lado do esporte. Conversei muito com o com Daniel Dias, nosso maior paratleta. Mas também falei com Cortella, Monja Coen, Fábio Assunção… são pessoas que me trazem algum tipo de luz. Estou muito inspirado pelo Fábio nessa busca que ele vive para encontrar um lugar no esporte", disse.
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