CCXP22: ‘Já plantei 100 mil árvores’, diz Bruno Gagliasso sobre Amazônia

Por - 01/12/22 às 17:33

Bruno GagliassoBruno Gagliasso - Lucas Ramos/Brazil News

Um painel surpresa, mas extremamente necessário, agitou a CCXP22 nesta quinta-feira, 1° de dezembro, que buscou usar a influência do evento para tratar do meio ambiente e sustentabilidade, falando da preservação da Amazônia.

Estiveram presentes no painel Fernando Meirelles, Almir Suruí e Bruno Gagliasso, todos ativistas pela causa ambiental, que falaram da importância do assunto.

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“Sou um cara que gosta muito de plantar, e na minha fazenda, comecei cuidando de uma coisa de natureza, mata ciliar, e quando fui ver, tinha uma mata ali”, afirmou o cineasta personagem por “Cidade de Deus”.

Almir declarou: “Falar da Amazônia é falar do futuro, da vida e da sabedoria que pode contribuir com o destino da humanidade. Insistimos anos, a Amazônia teve o maior desmatamento da sua história, pois a políticas públicas que deveriam assumir sua responsabilidade com o futuro, mas não conseguiram fazer acontecer”.

Líder indígena Almir Suruí
Líder indígena Almir Suruí – Patricia Devoraes/Brazil News

“Os povos indígenas tem tentado que o mundo, principalmente o Brasil, entenda que a Amazônia tem muito a oferecer ao país e ao mundo”, completou ele

Bruno então revelou: “Sou um entusiasta que ama a vida, e consequentemente, ama a natureza. Quando planto uma árvore, estou plantando mais, estou plantando sombra, saúde, trago a fauna. Já plantei 100 mil árvores, e esse vínculo com a natureza antes toda a diferença nos meus filhos, pois estamos nos preocupando com as crianças, com o futuro. Quando percebemos isso, vamos ver que estamos falando do presente próximo, e não um futuro distante”.

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“No início deste desgoverno, teve queimada em áreas que não pegaria fogo naturalmente, e eles estavam mentindo e culpando a imprensa, então me convidaram para ir lá. Sobrevoei o local, denunciei, usei minhas redes sociais para isso, algo que vejo ser importante, usar nossa influência para mudar o mundo. É uma extensão”, continuou o ator.

RELAÇÃO GOVERNAMENTAL E ATITUDES SOLIDÁRIAS

Um assunto discutido no painel é a importância de políticas públicas voltadas para sustentabilidade, e a eleição de Lula é vista com bons olhos para o assunto.

“A expectativa é grande, pois na primeira história do Brasil, os povos indígenas vão ajudar na construção das políticas públicas do Brasil e mostrar o que fizemos até agora, fazendo o Brasil criar consciência e sustentabilidade, reconhecer a Amazônia como um patrimônio brasileiro, que possa ajudar o Brasil a se criar como líder de um mundo sustentável”, afirmou Almir.

“Floresta para nós é casa, conhecimento, hospital, é tudo. Por isso, nós defendemos. Para ser humano, a gente precisa respeitar é saber usar”, completou ele.

Fernando então fez um apelo ao público: “Todas as decisões que vão mudar o panorama dependem de decisões políticas, mudar a matriz energética. Como vocês podem ajudar? Votem em pessoas que tem compromisso com isso é votem!”

Bruno concordou: “Cobrem, é um direito seu. E precisamos nos unir! Não adianta eu plantar e meu vizinho não fazer nada. Vamos dar as mãos e fazer diferença”.

“Precisamos construir esse diálogo das empresas privadas com a iniciativa pública para mostrar estes instrumentos de mudança. […] acredito que a COP27 ajudou a mostrar que Amazônia pode garantir um futuro mais sustentável”, Suruí complementou.

Eles concluíram falando da importância do entretenimento para isso. “Quando você é muito direto, a cena de mensagem explícita não é vista. Quando vc diverte as pessoas e entrega mensagens de maneira mais diferenciada, podemos atingir um público maior”, disse Meirelles.

Bruno Gagliasso então falou de uma série em parceria com o diretor já gravada: “É um projeto sobre a Amazônia que fala do primeiro grupo armado que invadiu a floresta, e que um grupo de ambientalistas também vai ao local para defender a mata, mostrandoque os invasores não vão destruir a floresta”.

Almir Suruí concluiu: “Como líder, ocorreu um projeto de 50 anos sobre gestão de território. Queremos compartilhar o processo de aprendizado indígena para todo o território. Já estamos fazendo reprocessamento, já plantamos 100 milhões de mudas. Também queremos que os jovens usem a tecnologia para o bem comum”, informou.

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Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais