Celebridades beijam bandeira da Vila Isabel

Embalados pela bateria nota 10 de mestre Mug, celebridades como Zezé Motta, Paulo César Grande e a mulher Cláudia Mauro, Adriano Reys e Rodrigo Pavenello repetiram o tradicional gesto do mundo do samba e beijaram a bandeira da escola de samba Unidos de Vila Isabel, carregada pelo primeiro casal e mestre-sala e porta-bandeira, Raphael e Rute. Outros famosos também prestigiaram o ensaio da agremiação carioca, em sua quadra do Boulevard 28 de Setembro, no bairro que lhe dá nome, no sábado, dia 14, como Júlia Almeida, Déo Garcez e Júlia Almeida.

Dos muitos artistas que cantaram e sambaram ao som do hino que embala o enredo Soy Louco Por Ti America, A Vila Canta a Latinidade, do carnavalesco Alexandre Louzada, o intérprete do Roberval de Alma Gêmea foi o único que garantiu presença na Marquês de Sapucaí. O amor entre Rodrigo Pavanello e a Vila Isabel foi à primeira vista.

“Cheguei e vesti logo a camisa, porque senti que a Vila é uma escola de comunidade mesmo, de samba no pé quando chega no Sambóbromo. Tem uma bateria que faz o que quer. Vou desfilar em ala. Uma vez, saí de destaque em um carro da Grande Rio, mas não me amarrei muito”, contou o ator, que despertou a curiosidade de passistas e outros integrantes da azul-e-branco da zona norte carioca.

Zezé Motta tem convites da Mocidade, Portela e Império para estar na Marquês de Sapucaí. Mas, não vai aceitar. Nesse período, ela pretende se submeter a uma microcirurgia ou apenas descansar.

“2006 vai ser um ano de muito trabalho. Por isso, não vou me esbaldar no carnaval como já fiz em anos anteriores. Tenho a novela Sinhá Moça que já vou começar a gravar, o lançamento de um CD e tantas outras coisas para tocar, que preciso estar com total energia durante todo o ano”, disse Zezé.

Se Rodrigo já vestiu de vez a camisa da Vila, Zezé vacila, quando tem que responder qual a sua escola do coração:

“Como já desfilei em várias, até mesmo trabalhando, hoje não sei escolher qual a predileta. Digo que sou Mangueira, mas não com a mesma convicção de antigamente. A Vila é uma escola que todo mundo adora”.

Em termos de samba, Déo Garcez tem o coração verde-e-branco. É Mocidade Independente, e não esconde que gostaria de receber um convite para desfilar na escola de Padre Miguel. Folião dos bons, Déo já desfilou na Unidos da Tijuca, São Clemente e Caprichosos de Pilares. O ator da Record gostou muito do clima família e da animação da quadra da Vila que ele, apesar de residir na Tijuca (bairro vizinho de Vila Isabel), não conhecia. E prometeu voltar ao ensaio de rua, que a agremiação promove nas noites de domingo.

“Se a quadra já é essa maravilha, com essa bateria pra lá de contagiante, dá para imaginar como fica a escola, fazendo ensaio técnico na 28 de Setembro. A bateria do mestre Mug é nota 10, merecidamente”, elogiou Déo.

Júlia Almeida, que nos últimos dois anos reside nos Estados Unidos, onde estuda Cinema e Interpretação Teatral, vai estar no Rio de Janeiro, nos dias dos festejos de Momo, por conta das gravações da minissérie JK. Diz que, em relação às escolas de samba, tem a visão de quem mora fora do Brasil: gosta de todas.

“O clima da Vila é tão gostoso, que estou me animando na debutar no Sambódromo com essa escola. Já aprendi até um trecho do samba, que acho lindo. Mas, ainda tenho tempo para me decidir”, disse a filha do novelista Manoel Carlos.