Chay Suede sobre aborto espontâneo: ‘Existia essa possibilidade na minha cabeça’

Por - 10/02/20 às 08:29

Reprodução/Instagram

Em entrevista à revista Canal Extra, do jornal Extra, Chay Suede deu mostras de que ficção e realidade não estão tão distantes. Seu personagem Danilo, de Amor de Mãe, viveu momentos muito parecidos com ele, como a expectativa da paternidade. Chay viu nascer em Dezembro sua primeira filha, Maria, com a mulher, Laura Neiva. E viu o personagem vibrar ao saber que seria pai do filho de Camila (Jéssica Ellen, embora o desfecho não fosse feliz como o de seu intérprete, já que a professora teve um abordo espontâneo). 

Chay estava prestes a ver a filha nascer, quando gravou as cenas do aborto e contou que ficou mexido, apesar de, diferentemente de Danilo, ter se preparado para a situação, caso ocorresse. 

"Minha mãe perdeu um neném antes de mim, perdeu outro depois do meu irmão e antes da minha irmã. A minha madrasta perdeu dois entre os três que ela teve. Convivi com abortos espontâneos também de uma tia, de primas… Todos nos primeiros três meses. Claro que a gente nunca quer que aconteça, mas eu me preparei, existia na minha cabeça essa possibilidade. Quando fiz todas essas cenas do aborto, Maria ainda não tinha nascido. Isso me impactou, talvez tenha tido um peso a mais porque a chegada dela estava próxima", disse. 

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Motoqueiro tatuado

 

 Chay é motoqueiro desde os 15 anos. Tem tatuagens e treina boxe. Ações que tirariam o sono de Thelma (Adriana Esteves), mãe de seu personagem na trama de Manoela Dias. O próprio ator concorda. 

"Isso seria impensável para Thelma. Já eu ando de moto desde os 15 anos. Tinha uma mobilete para ir à escola. Não gosto muito de carro nem dirijo direito. Comprei um grande para caber as coisas da neném (sua filha Maria, com pouco mais de um mês). Treino boxe já tem um tempinho e adoro, é um esporte completo. Desde pequeno, assistia com meu pai (Roobertchay) a lutas pela televisão. E tatuagem são 13 ao todo. Fiz a primeira com 18 anos e fui fazendo, fazendo…", contou o ator, de 27 anos. 

Capixaba de Vila Velha, o ator foi criado com toda a liberdade e disse ao Extra que sua mãe, Herica, não lembra em nada o papel de Adriana Esteves quando o assunto é educação.

"Eu ia comprar pão sozinho desde os 07 anos, atravessava o bairro a pé, comprava e voltava. Meu irmão, com 08, pegava ônibus para a escola, atravessava Vitória, uma cidade que não é de interior. Minha mãe sempre confiou muito na criação que deu para gente. Ela nunca me prendeu, sempre me motivou a fazer as coisas que eu queria fazer, a ser o que queria ser… Nunca me protegeu demais. A gente sempre foi independente e nunca deixou de amá-la e respeitá-la profundamente". 

Ao mesmo tempo em que não sufocava os filhos, Herica, segundo Chay, era bem brava.

"Nunca aceitou que a gente desse uma resposta atravessada, jamais falei um ‘que saco!’. Ela era muito jovem, tinha 19 anos quando eu nasci, mas era muito sábia e consciente de sua função como mãe. Não consigo conceber uma criança respondendo à mãe. Nem eu nem meus irmãos fizemos isso. Levava umas coças mesmo. Eram umas cocinhas de leve, de chinelo, sandália que voava de vez em quando, tapa na bunda… Meus pais não aplicavam castigo, porque a gente era bonzinho. A briga era a seguinte: ficava implicando com meu irmão. Quando ele me batia, eu revidava. Como eu era o mais velho, não podia ter batido nele. Aí os dois apanhavam. Mas não tinha castigo… Porque a gente não fazia muita coisa errada, e éramos muito sinceros, não mentíamos de jeito algum", lembrou.

Mesmo com a separação de Herica e Roobertchay, Chay viu o amor aumentar na mesma proporção que a família. 

"Meu pai se casou de novo e teve três filhos. Minha mãe também teve mais uma filha. Mas hoje é uma família só, gigante, que se ama loucamente. A minha irmã, filha da minha mãe, também chama meus irmãos por parte de pai de irmãos. Na festa de 50 anos dele, minha mãe estava pregando balão na parede para fazer surpresa. É amor puro e simples de família, mais clichê impossível". 

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Coxinhas do Danilo 

 

Para o público, o trabalho de Chay também não passa despercebido, e ele está quase recebendo encomendas gastronômicas. 

"As pessoas me acham muito diferente do personagem por conta da coisa básica da aparência, dos óculos, das roupas. E todo mundo me pede coxinha. Por onde eu passo, falam que ficam passando vontade com a coxinha do Danilo". 

Vale destacar que, por muito tempo, a iguaria foi a comida predileta do rapaz. 

"Em Vitória, tem uma coxinha na Praia do Canto que é um clássico. Até hoje, quando vou lá, paro e como. Às vezes, era programa de domingo, comer coxinha, tomar refrigerante e comprar revistinha Recreio na banca. Quando me mudei para São Paulo, fiquei fã da coxinha do Veloso, que é um negócio de outro mundo. Me pegava três, quatro vezes na semana comendo. Amo'! 

Ao mesmo tempo em que se considera bom de garfo, Chay não se faz de rogado sobre seus dotes culinários. Sua moqueca de camarão com peixe e a de banana da terra são seus carros-chefes. Sem ingredientes contadinhos, o ator conta que tem muita pimenta e "quilos" de coentro. E credita o gosto para cozinhar à sua mulher, Laura Neiva, de 26 anos, com quem está casado há um ano, após seis de namoro. Os olhos brilham ao falar dela, por quem se apaixonou de forma poética. 

"A primeira vez em que vi Laurinha foi na tela do cinema, no filme E aí, Comeu?. Eu era novo, nunca tinha visto aquele rosto e fiquei louco, apaixonado, com a sensação de estar vendo uma estrela. Ela, por muito tempo, foi uma coisa um pouco distante. Até que nos conhecemos, ficamos amigos e, quando começamos a ficar, eu, muito emocionado, fazia música em hora que não era para fazer. Laura, então, não estava entendendo muito, pensava: "Que cara tenso, estranho… Conheci agora e ele fazendo música para mim?". 

E ele começou a idealizar como seria o futuro do casal. 

"Ao conhecê-la, pensei: ‘Se ela quiser casar, eu caso agora, se quiser ter filho, tenho agora, faço qualquer coisa, é só ela falar’. Esse sentimento aumentou muito porque ela me ensinou tantas coisas… A ser um homem muito melhor do que tinha sido até então, a ser um parceiro mais bacana, a cozinhar. Tinha um paladar infantil, gostava de comer hambúrguer, arroz, feijão, farofa, batata frita, massa… Laurinha abriu um universo de comidas. Parte da família dela é árabe, elas cozinham muito bem, e hoje eu como absolutamente tudo, só não como amendoim".

A realização, contudo, veio com a chegada de Maria.

"Sempre fui louco para ser pai. Queria ter tido filho com Laura no nosso primeiro mês juntos, mas ela me travou. Quando a gente resolveu se casar, ela queria festa. Já eu imaginava uma coisa pequena. Se tivesse seguido minha ideia, iria me arrepender, porque festa de casamento é a coisa mais legal que existe, foi um dos dias mais felizes da minha vida. Então, disse a ela que faríamos do jeito dela, mas teria que casar sem o DIU. Laurinha disse que já estava pensando nisso. Dois meses depois, ela engravidou", contou, feliz. 

 

Dez anos de carreira

 

Com uma carreira em franca ascensão, Chay, que não almejava ser ator, ainda acha absurdo ser capaz de dar conta de tantas missões. Mas seu pai nunca duvidou, a ponto de fazer uma profecia quando o filho estava em dúvida quanto a se inscrever para Ídolos, reality da Record, exibido em 2010. 

"'Meu filho, se você aparecer na televisão, se a câmera passar por você um segundo, não é por ser bonitinho, nada disso, você nunca mais vai parar de fazer televisão'. Soou meio profético, mas meu pai estava certo o tempo todo. Ele viu algo que eu não conseguia ver. E percebo que este é o meu lugar”, afirmou Chay.

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