Chico Buarque e Eduardo Bolsonaro: advogado do cantor decide abrir nova ação

Quando Chico Buarque decidiu abrir uma ação no Juizado Especial Cível do Rio de Janeiro, por meio de seu advogado João Tancredo, ele queria apenas que a canção “Roda Viva” fosse retirada de uma postagem feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro.

Contudo, um imbróglio jurídico acabou fazendo com que o cantor tivesse que provar a autoria da obra para depois decidir onde ela poderia ser publicada ou não.

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Diante da situação, o advogado dele decidiu abrir mão da ação negada pela juíza Monica Ribeiro Teixeira, e abrir uma nova. Para tal, o representante do cantor quer provar e anexar a cópia do manuscrito de “Roda Viva”, cópias de discos, livros, além da documentação que possibilitem o cantor ter o controle de sua obra e ter o pedido de retirada da canção do post finalmente atendido.

“Apesar de o próprio Eduardo Bolsonaro, no post que fez, ter dito que a música era do Chico Buarque, ou seja, ele mesmo reconhece a autoria, e de ser um fato público e notório, vamos juntar novos documentos na nova ação. Já estou providenciando imagens de livros, foto do disco e manuscrito da música para provarmos o óbvio”, disse o advogado de Chico.

EDUARDO BOLSONARO ESTÁ NO CATAR

A iniciativa de mover uma nova ação judicial, segundo o representante do cantor, é o caminho mais curto para tentar ter seu pedido atendido na Justiça.

“Para entrar com um novo recurso, precisaria intimar o senhor Eduardo Bolsonaro que, como sabemos, está no Catar. Então prefiro encerrar essa ação, e abrir outra com tutela antecipada de urgência, em que um novo magistrado terá que analisar essa tutela imediatamente e só comunicar o senhor Eduardo sobre sua decisão”, explicou o advogado.

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Na ação negada, Chico Buarque ainda pedia uma indenização de R$ 48 mil e publicação da sentença condenatória na mesma rede social em que o post foi feito.

“Roda Viva” foi composta em 1967, e apresentada ao público no III Festival da Música Popular Brasileira, que só aceitava canções originais e inéditas. No ano seguinte, ela inspirou peça teatral homônima de Chico Buarque, e que foi encenada pelo Teatro Oficina, de José Celso Martinez Corrêa.

A canção aparece creditada a Chico Buarque no Dicionário de Música Popular Brasileira Cravo Albin e no “Escritório Central de Arrecadação e Distribuição”, o Ecad.

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