Chiquinho Scarpa diz que teve duas extrema-unções no coma

Por - 07/01/10 às 13:22

Ag.News

Cinco meses após ficar entre a vida e morte no hospital, devido a complicações numa cirurgia de redução do estômago, para emagrecer, Chiquinho Scarpa está de volta.

Em entrevista à Revista Go´Where, o socialite tido como playboy, falou do drama de sua internação. Em 2009, tudo ia bem no pós-operatório de uma cirurgia para redução do estômago. Até que Chiquinho recebeu alta, voltou para casa orientado para uma dieta radical necessária nesse período, com restrições ao consumo de alimentos e muitos líquidos. Mas, ele abusou: acordou com sede e tomou quase um litro de suco de pêssego. Resultado: os pontos da cirurgia arrebentaram. De volta ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para uma nova cirurgia, adquiriu uma peritonite e ficou em estado grave.

Mas sobreviveu e está de volta e bem mais magro, conforme contou à revista que está nas bancas. Confira alguns trechos:

O coma na  UTI

“Só soube depois, que morri duas vezes e tive duas extrema-unções, no coma. Não lembro de nada, graças a Deus. Foi, claro, o pior momento da minha vida. Estar numa cama sem poder se mexer, raciocinando e sem poder dar sinal de vida, é horrível. Acordei todo entubado. Fiquei de olho aberto uns 15 dias. Lembro até hoje do colírio que a enfermeira aplicava. Não desejo para ninguém esse sofrimento de não poder andar e me comunicar”.

À beira da morte

“Nunca na vida tive medo de morrer, mas de me machucar. Se dirigir a 380 km por hora e bater, você morre. Agora, nunca quebrei um osso, por medo e por ser supercauteloso mesmo. Mas, não com a morte. Não estava preocupado em morrer, mas com as sequelas. Eu rezava e rezo bem, sou católico. Minha mãe fez a promessa de que, se saísse daquilo, nunca mais eu falaria um palavrão. E hoje recomendo às mães que nunca deixem o cumprimento de uma promessa para o filho pois, assim que voltei do coma, olhei para todo mundo e mandei todos para aquele lugar”.

A recuperação

“Tomo pouquíssimos remédios. Ando 40 minutos por dia e quero voltar logo para o aikidô. As pontas dos meus dedos estão aos poucos voltando a ter circulação, mas ainda não consigo segurar nada, já quebrei uns 50 copos. Vou fazer uma boa plástica na cicatriz das operações, que é imensa”.

Morte do sobrinho

E além do Andrey, perdi também o Luis Antônio, filho da Cecília Neves, que eu considerava um filho. Mas, não podemos parar na vida. Meu pai vai fazer 100 anos e a gente sabe que nada é eterno. Minha mãe entrou no meu quarto, no meio da madrugada, e disse: ‘O Andrey morreu! E agora’?! Realmente, tomei as medidas mais pesadas, do IML até o funeral. Essa força e a calma, tanto para essas tragédias como para minha recuperação, agradeço ao aikidô. Ele te forma para enfrentar as situações mais diversas. Exemplo do Eduardo Araújo, que entrou depois de perder a Silvinha. Fiquei muito feliz em dar para ele a faixa roxa.

Visão da nova vida

“Vejo a vida igual. O que me deixa triste é que a sociedade está cada vez mais se encolhendo. Chegou ao ridículo de as pessoas irem festejar fora, tipo Capri. Ninguém gosta de aparecer aqui, o que não é o meu caso. Medo de tudo: sequestro, arrastão, apagão”.

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