Cláudia Alencar defende o voto nulo nas eleições

Por - 22/05/06 às 09:08

Felipe Panfili

Cláudia Alencar abre as portas da sua casa, no Rio de Janeiro, para contar um pouco dos seus ideais e das histórias políticas que já viveu.

Autora de três livros de poemas – Maga Neon, Sutil Felicidade e 50 Poemas Escolhidos Pelo Autor -, Cláudia conta à Revista Isto É Gente que tem o hábito de escrever inúmeros diários, desde os seus 12 anos de idade. E, hoje, costuma usá-los para extrair material para suas publicações.

Com um leque de histórias para contar, ela revela que, durante sua juventude, exerceu a militância comunista, sendo integrante da Aliança Libertadora Nacional. Por causa da bandeira defendida, a atriz amargou a condição de prisioneira política, foi torturada nos porões da ditadura e teve no ex-Ministro José Dirceu seu ídolo-mor.

Ao vislumbrar esse passado idealista, e confrontá-lo com a atual realidade petista, Cláudia não mede palavras.

"Hoje, eu me puno com várias chicotadas por ter acreditado nesse corrupto do José Dirceu", desabafa. "Eu acreditei que o PT era um partido moral e ético. A maior decepção da minha vida, foi ver que Lula compactua com tudo isso aí. É um inepto".

Aos 55 anos, ela não pretende exercer contra o governo o mesmo vigor que a levou às ruas, há mais de três décadas. Vai protestar, sim, mas nas urnas. "Meu voto será nulo", avisa. "Este deveria ser o protesto do povo", conclui.  

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