Cleo Pires e Malvino Salvador lançam o filme Qualquer Gato Vira-Lata, em SP

Uma mulher que está perdida em sua vida sentimental e que procura um professor para ajudá-la a reconquistar o namorado é o ponto de partida para o filme Qualquer Gato Vira-Lata, do diretor Tomás Portela. No elenco, um triângulo amoroso formado por Cleo Pires, Dudu Azevedo e Malvino Salvador.

Na plateia da pré-estreia do longa, na noite de segunda-feira (30), em São Paulo, estavam algumas personalidades, entre elas Juca de Oliveira, o autor do texto original, que afirmou que este é um texto divertido, direcionado às mulheres, com ensinamentos baseados na psicologia evolucionista.



"A inspiração para este texto veio da minha filha que tinha relacionamentos que não davam certo, sempre ligava quando o rapaz não fazia isso, procurava por ele, mas eu achava que ela deveria ficar mais recatada, em casa, para que o homem pudesse conquistá-la. Eu dizia que ela estava fazendo errado, mas minha filha relutava e pedia para eu não me meter na vida dela. Então resolvi escrever a peça para poder falar com ela indiretamente e acabei estudando e descobri esta mudança na sociedade na qual a mulher assedia os homens e eles saem correndo, o que foge da teoria ancestral."

Malvino Salvador, que vive o professor Conrado, disse que tem um pouquinho de seu personagem, pois empresta todos seus sentimentos para os papéis. Com relação ao seu último trabalho, o ator compara que é menos tímido e mais extrovertido que o professor, mas que também possui estes mesmos sentimentos em maior ou menor escala.

"O filme trata de um assunto que nunca vai deixar de ser falado que é esta relação entre um homem e uma mulher. Este envolvimento vai, ao longo dos tempos, vai tomando outra roupagem e atualmente é muito identificado através dos três personagens do longa."

Dudu Azevedo, que interpreta o playboy Marcelo, contou que adora fazer cinema e que este trabalho foi muito divertido de ser feito.

"No filme, eu sou um 'bom vivant', rico, morador do Rio de Janeiro que, em princípio, tem tudo para se dar bem, mas ele sofre várias derrotas parciais. Ele é o arquétipo do galã que vai se dar bem o fim do filme inteiro, mas só se ferra".

Para Cleo Pires, que fecha o triângulo amoroso com a personagem Tati, a comédia romântica tem um tom muito leve com caras e bocas que trazem um grande desafio para o ator. Ela relatou que teve uma preparação e chegava a fazer seis takes diferentes de uma mesma cena. 

"O fato de fazer uma protagonista ajuda na concentração da personagem porque o volume de trabalho é maior, o que acaba não desfocando do ambiente de trabalho. Aí a gente consegue passar a principal mensagem do filme que é não massificar uma regra e determinar o que é ou não bom, pois depende a individualidade do encontro de duas pessoas e o caminho que se quer fazer."

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