Cleo Pires: “Nunca gostei de ninguém se metendo na minha vida”
Por Redação - 29/05/12 às 13:34
Em entrevista à revista RG deste mês, Cléo Pires, que completa 10 anos de carreira, fala da carreira, família, astrologia e casamento. A atriz, que acaba de filmar O Tempo e o Vento (que estreia nos cinemas em 2013), de Érico Veríssimo, no papel de Ana Terra, feito pela mãe em 1985 na minissérie de mesmo título exibida pela Globo, se prepara para mais uma personagem: a atriz está em Salve Jorge, próxima trama global das 21h, escrita por Glória Peres.
Confira os principais trechos:
O Tempo e o Vento
“Ontem filmei o estupro, hoje a morte da família, o enterro do pai e do irmão. Totalmente esquizofrênico. Mas eu gosto.”
Dúvida com relação à carreira
“Fiquei mais ou menos um ano sem atuar, tirei um sabático. Isso foi há uns cinco anos, depois de uma novela. Fiquei em Goiânia com uma amiga minha, que tinha uma empresa de artesanato, fiquei ajudando a fazer… Na época, eu achei que tinha caído nisso (de ser atriz) de paraquedas. Não entendia o lugar disso na minha vida, não achava que era uma coisa que eu amava. Não queria fazer só por dinheiro.”
“Nesse sabático eu descobri que o dinheiro era uma consequência maravilhosa, mas que não era por ele que eu estava fazendo o meu trabalho. Precisei parar para saber o quanto atuar era essencial para a minha vida, o quão rico o meu mundo ficava.”
Viver um personagem interpretado pela mãe, 27 anos depois
“Deve ser muito emocionante você ver a sua filha fazendo um papel que já foi seu, é quase uma coisa de levar o gene adiante.”
Palpite de mãe
“Ela é a melhor atriz do Brasil, não é boba nem nada, entende o quanto de envolvimento emocional existe nisso, e que não é bacana dar palpite. Ela sempre foi muito respeitosa. E eu nunca gostei de ninguém se metendo na minha vida, então funciona muito bem.”
Relembrar o passado
“Não sei que tipo de memória é essa que eu tenho, mas tenho me lembrado de umas coisas tão antigas, ontem me lembrei que, quando eu era menor, eu gostava de recriar certas cenas de filmes na minha vida, quase de uma forma calculista. Tipo, assistia Velocidade Máxima e me colocava em situações aventureiras… Já queria ser atriz, né.”
Entrar no personagem
“Quando eu era atriz por estar, eu achava tudo isso de entrar no personagem uma palhaçada, um mico, nossa que prego! Hoje em dia, eu entro muito fundo, muito reto nos personagens, nas histórias, acredito muito em direcionar a energia, em algum tipo de espiritualidade nessa relação. Quero alargar a minha pele.”
O namorido
“A gente gosta de beber vinho e jogar pôquer, sozinhos. Gosto de ficar no meu canto, do meu jeito.” Vida de casada… “
Casamento à vista?
“Casar não é uma preocupação do casal, acho que não é o que mantém duas pessoas. Moramos juntos, dividimos as coisas, a gente se ama, acho que isso é muito mais importante do que dizer ‘eu sou casada’. Mas, acho que sim, em algum momento vamos fazer uma cerimônia nossa. Mas fica tranquilo, não vai acontecer antes de a matéria sair.”
Preço da fama e falta de privacidade
“Já me afetou muito, já me senti bastante invadida. Hoje tenho uma visão diferente, acho importante você se colocar. Há seis anos, se eu estivesse dando esta entrevista, pensaria, ‘Meu Deus, por que eu tenho que falar da personagem?’. Hoje em dia eu sei que tenho o dever.”
Solidária
“Entrei em muitos buracos na minha vida. Quando saí pra vida, fui encontrando coisas muito rasas, que me deixavam deprimida. Estava num processo de descobrir quem eu era na vida e as coisas do mundo me afetavam. Aí teve aquele desastre no Sul, eu ficava noites sem dormir, pensando em fazer alguma coisa, em agir de alguma forma. Fiquei sabendo de um abrigo em Ilhota, fui até lá, mas eu não tinha estrutura para ajudar. Vi um desamparo geral, um senhor de 66 anos tirando lama da casa dele… Nesse momento um amigo me falou da Hidroex; me envolvi com o trabalho, num nível mais humano. Com isso, percebi que tem coisas muito piores na vida. Quero entender mais, aprender mais e tentar fazer essa integração entre a questão das águas e do desenvolvimento humano.”
Mapa astral
Libriana, com Lua em Áries e cinco planetas em Escorpião
"Eu não sei, a astróloga só me confundiu mais … Mas acho que a minha intensidade, de viver e morrer as coisas, é bem escorpiana.”
Personalidade
“Tenho uma personalidade adicta, fico viciada em sensações, sentimentos, vou explodindo em vários deles para não virar uma adicta séria. Sou de uma família de artistas, mas bem careta.”
Sexualidade
“Teve uma época em que eu tinha pavor de ser sexy. Quando saí dessa fase, fiquei muito à vontade. Acho bonita a sexualidade, acho bonito ser sexy. Quando fiz a Playboy, eu estava no controle de tudo, foi confortável.”
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