Com o fim de Império, Roberto Birindelli já planeja voltar à TV: ‘Não quero parar mais!’

Ele entrou para ser um motorista garanhão, mas Josué virou o melhor amigo do Homem de Preto em Império e conquistou um espaço muito maior do que imaginava na novela de Aguinaldo Silva. As experiências de quase 40 filmes e temporadas inteiras no teatro europeu podem ter ajudado o personagem a crescer, mas o ator ainda se espanta com o sucesso no horário nobre da Globo e desvia do seu talento a fórmula que transformou o personagem em melhor amigo de Zé Alfredo (Alexandre Nero).  

“Juntou uma turma bamba! No início da novela, não imaginava que ia dar tão certo. Agora, está todo mundo envolvido. É um texto incrível do Aguinaldo!”, mima o ator, todo empolgado com a reta final da novela.

E, não é só ele. Os atores envolvidos têm muito que comemorar, porque o escritor sabe muito bem reconhecer o talento dos artistas com quem trabalha. “Antes da gente pegar o capítulo, o Aguinaldo escreve mensagens, falando sobre a atuação e os personagens! Tem uma relação muito bacana com todo o elenco!”, conta o uruguaio – que cresceu no Brasil.

Por sinal, a vida fora dos estúdios da Globo também tem sido muito boa. Roberto nos contou um pouquinhos sobre as peripécias dele e de Nero fora dos estúdios. “No mínimo tempo livre que dá, a gente se reúne para tomar uma cerveja. Esses dias, o Alexandre virou e me falou  ‘Vamos tomar uma pinga lá em casa!’, e fomos. Realmente, foi muito divertido! O clima em que estamos trabalhando é muito bacana, cara!”, lembra, confortado.

Carreira Paralela

Mínimo define bem o tempo livre na agenda do ator nos últimos dias, inclusive. Ele conversou com O Fuxico depois das 9h da noite, enquanto voltava para casa, de mais um dia nas gravações da novela. Para variar, conseguimos bater um papo bastante tranquilo, que gasta, em média, três horas por dia no tráfego carioca.

“Todo dia é assim, na verdade, perdemos muito tempo com isso e, infelizmente, a prefeitura não vai conseguir fazer nada até as Olimpíadas. Elas vão acontecer em Jacarepaguá, porque a zona sul não tem infraestrutura para isso!”, conta.

Aliás, arquiteto que é – sim, ele se formou em arquitetura antes de investir no teatro – o galã tem um projeto de reforma urbana para grandes cidades que pensa uma nova lógica para o trânsito das metrópoles e vai apresentar a ideia às prefeituras do Rio e de São Paulo.

“Mas, infelizmente, para as Olimpíadas, não rola! O projeto escrito tem umas 820 páginas. É muita coisa para tentar explicar!”, afirma. Esta aí, mais uma das atividades à qual ele vai se dedicar depois da novela – se sobrar tempo, claro.

Arquiteto, ativista, ator – de cinema, teatro e televisão – e marido. Esses são os planos de Roberto para meados de março, depois do fim da trama. Ele está escalado para Em Nome da Lei, longa a ser rodado ainda em 2015, outro filme dirigido por Pedro Nascimento, ainda sem título e mais um projeto, em andamento, que deve sair para o segundo semestre. Nas telinhas, ele filma uma série para a Fox entre o Brasil e os Estados Unidos e vai contracenar com Laurence Fishburne, uma das estrelas de Matrix. Ufa! 

Aliás, a agenda do astro tem estado tão lotada e a Imprensa também não sai do pé dele. Com simpatia e educação para dar e vender, ele também estampa a revista Mensch de março – da qual são as fotos desta matéria. Lá, o ator fala sobre estilo e a pinta de galã que criou para o seu Josué. As fotos, como de tradição, são do paulista-carioca Sergio Santoian.

Sobre retornar às novelas ele não nega a vontade de voltar – e a gente já espera ansioso! "Agora não quero parar mais! Não tinha noção do alcance que a novela tinha e isso é incrível! Tudo está muito gostoso. Sou muito grato ao Aguinaldo por esse papel!", conclui, fazendo um balanço sobre a trama.

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