Com seis protagonistas, Sangue Bom desmitifica o universo da fama

Por - 29/04/13 às 12:02

Pedro Paulo Figueiredo/ Carta Z Noticias

Em tempos de celebridade instantânea, muita gente procura um lugar sob os holofotes. E, com a facilidade de acesso à internet, nem precisa ter talento para a fama repentina acontecer. É essa a temática principal de Sangue Bom, novo folhetim das sete da Globo. Com autoria de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, a trama discute valores morais que estão em pauta nos dias de hoje.

"A novela é sobre essa valorização excessiva da aparência, da notoriedade, da fama e do esforço patético ou cômico, ou as duas coisas juntas, que as pessoas fazem para ser famosas", explica a autora.

A primeira inspiração para Sangue Bom veio a partir da trajetória de Elizabeth Taylor. Assim que a atriz americana morreu, Maria Adelaide conversou com Vincent  sobre sua figura marcante.

"Era uma mulher de personalidade forte. Primeiro, eu quis falar da diva, depois, de adoção. Desses dois assuntos surgiu a primeira personagem: Bárbara Ellen e foi nascendo a história", completa, citando o papel de Giulia Gam, uma atriz decadente que, para se manter na mídia, adota crianças "ao Deus dará".

A trama gira em torno de seis protagonistas. As atrizes Sophie Charlotte, Fernanda Vasconcellos e Isabelle Drummond Bento interpretam Amora, Malu e Giane. Marco Pigossi, Humberto Carrão e Jayme Matarazzo vivem Bento, Fabinho e Maurício. Entre eles, alguns personagens preferem a simplicidade, como Giane, e outros precisam se sentir idolatrados, como a fashionista Amora.

"A minha personagem começa lá em cima, famosa, e tenta se manter ali", ressalta Sophie. 

A história se passa em São Paulo, onde aconteceu o início das gravações. A equipe da novela ficou 40 dias na capital paulista, em Campinas e em Holambra para captar as primeiras imagens.

"As cenas ficaram coloridas, engraçadas e dinâmicas", avalia Dennis Carvalho, diretor de núcleo.

Para as cenas do fictício Kim Park, gravadas em Campinas, foi preciso uma mobilização maior. A equipe de produção de arte teve de deslocar um caminhão repleto de material gráfico e adereços que deixaram o local como um parque de diversões.

"Tivemos um planejamento minucioso. Por isso mesmo, por mais agitada, enfrentamos uma rotina calculada", afirma Dennis.

O cuidado também esteve presente na concepção da cenografia. Após uma pesquisa detalhada da equipe no bairro da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, a cidade cenográfica começou a ser construída no Projac – complexo de estúdios da Globo. Em uma área de 7,5 mil m², encontram-se o bar Cantaí, a Acácia Amarela – cooperativa de flores de Bento –, além das casas dos personagens do bairro, totalizando 30 espaços.

O terreno em que foi montada a cidade tem um desnível, que é característico do local de São Paulo reproduzido. No estúdio, o cenário maior é o da personagem Bárbara Ellen, com 450 m², incluindo a sala e os três quartos.

"Usamos tons de dourado com branco para remeter a ideia de diva. É um cenário com tons mais fortes", destaca Fábio Rangel.

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