Como foi o resgate do corpo de Juliana Marins na Indonésia?
Por Luigi Civalli - 24/06/2025 - 13:47

Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada sem vida nesta terça-feira (25) nas encostas do Monte Rinjani, na Indonésia. A publicitária carioca caiu durante uma trilha e ficou isolada por quatro dias em um ponto de difícil acesso. A família confirmou a morte pelas redes sociais.
Corpo de Juliana Marins é resgatado sem vida, diz perfil oficial
Trilha terminou em tragédia
Juliana iniciou o percurso no último dia 21 em uma trilha guiada até o cume do Rinjani, o segundo vulcão mais alto do país. O acidente ocorreu em uma área de risco conhecida como Cemara Nunggal, entre 2.600 e 3.000 metros de altitude. Desde então, seis equipes de resgate atuaram na região. O corpo foi localizado por socorristas que desceram por uma encosta íngreme, com o apoio de dois helicópteros e uso de equipamentos como furadeiras industriais.
A operação enfrentou obstáculos como chuvas, terreno instável e neblina densa. Juliana não teve acesso a água, comida ou abrigo durante o período. A causa da morte ainda será investigada pelas autoridades locais.
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Jovem fazia mochilão pela Ásia
Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, Juliana viajava pelo Sudeste Asiático desde fevereiro. Apaixonada por natureza e esportes ao ar livre, visitou países como Tailândia, Vietnã e Filipinas antes de seguir para a Indonésia. A viagem incluía trilhas com pernoites e acampamentos.
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Esforço coletivo para o resgate
As buscas mobilizaram o Parque Nacional de Rinjani, autoridades locais, voluntários e familiares. A trilha foi fechada ao turismo para concentrar esforços na operação. Helicópteros foram acionados, mas não conseguiram se aproximar da área devido às condições climáticas e geográficas.
A família, que permaneceu no Brasil, fez atualizações frequentes nas redes sociais e acompanhou cada avanço com esperança. Nos dois últimos dias, as equipes conseguiram descer cerca de 400 metros do ponto de observação, estimando que Juliana estivesse mais de 600 metros abaixo.
Depoimento do guia
Ali Musthofa, guia responsável pela trilha, negou abandono e explicou que orientou Juliana a descansar enquanto seguiria por poucos minutos. Segundo ele, o plano era reencontrá-la logo à frente.
“Na verdade, eu não a deixei, mas esperei três minutos na frente dela. Depois de uns 15 ou 30 minutos, a Juliana não apareceu. Procurei por ela no último local de descanso, mas não a encontrei”, relatou.
O guia afirmou que notou a queda ao ver uma lanterna acesa e ouvir pedidos de socorro. “Percebi [que ela havia caído] quando vi a luz de uma lanterna em um barranco a uns 150 metros de profundidade e ouvi a voz da Juliana pedindo socorro. Eu disse que iria ajudá-la.”
Ele afirmou que ligou para a empresa responsável pelo passeio e pediu o envio imediato das equipes de resgate. “Liguei para a organização onde trabalho […] Eles deram informações sobre a queda de Juliana para a equipe de resgate e, após a equipe ter conhecimento das informações, correu para ajudar.”
Juliana contratou o passeio por 2.500.000 rúpias indonésias, equivalente a aproximadamente R$ 830.

Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais