Conar arquiva veto à propaganda de Gisele Bündchen

Mais um capítulo da novela envolvendo a propaganda que Gisele Bündchen fez para a marca de lingeries Hope é finalizado. O Conselho de Ética do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) liberou a veiculação da campanha estrelada pela modelo, e criada pela Giovanni+DraftFCB.

 O comercial havia foi proibido após denuncia da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), sob acusação de mostrar uma imagem da mulher como objeto sexual.

Segundo nota oficial divulgada pelo Conselho, o arquivamento do processo de censura do comercial foi votado por unanimidade, em primeira instância, e os membros do julgamento, realizado na manhã desta quinta-feira (13), na sede do Conar, em São Paulo, acompanharam o voto do relator que considerou que "os estereótipos presentes na campanha são comuns à sociedade e facilmente identificados por ela, não desmerecendo a condição feminina".

A denúncia da campanha ter denegrido a imagem da mulher partiu da Secretaria de Políticas para as Mulheres, chefiada pela ministra Iriny Lopes – a mesma que opinou sobre o desenvolvimento da personagem Celeste, de Fina Estampa, o que irritou Aguinaldo Silva –, que chamou a atenção do conselho e pediu providências.

Representantes da Secretaria, do anunciante e da agência participaram da sessão de julgamento,  podendo expor seus pontos de vistas. Cabe recurso da decisão.

A polêmica

No comercial, Gisele faz uma personagem dona-de-casa que bate o carro e vai contar ao marido sobre o ocorrido. Neste momento, ela está vestida com roupas normais e diz que seria o jeito errado de contar sobre o acidente. Logo em seguida, ela aparece de calcinha e sutiã afirmando que o modo correto de falar é usando o charme para não ter problemas.

A campanha foi considerada ofensiva à imagem da mulher e o Conar também recebeu outras 40 denúncias de pessoas diferentes.

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