Conheça a história de Deus Salve o Rei, da Globo – Cenografia e Produção de Arte
Por Redação - 08/01/18 às 09:33
Deus Salve o Rei está sendo gravada em uma cidade cenográfica totalmente indoor nos Estúdios Globo. São dois galpões, medindo 35m X 70m e 35m X 75m. No primeiro, foi montado o reino de Montemor, com castelo e cidade fictícia. No segundo, o reino de Artena e uma grande área de chroma para as cenas que envolvem efeitos visuais, floresta e as sequências de batalhas da trama.
A construção dos dois galpões levou cerca de dez dias.
"Uma cidade cenográfica totalmente indoor é um projeto antigo e que vai facilitar muito, sobretudo em relação às condições climáticas e às correções de luz, e que também vai possibilitar a utilização de materiais como o barro, por exemplo", explica o cenógrafo Keller Veiga.
São cerca de 6 mil metros quadrados de lona translúcida que fazem a cobertura dos galpões.
"Esta cobertura serve como um grande rebatedor de luz e dá o tom ideal para a identidade visual da novela. Cortinas pretas também fazem o controle da luminosidade", completa.
Inspirada na cidade de Pals, na Espanha, Montemor tem revestimentos de pedra e referências à força do minério e do metálico, além do castelo com pátio interno, uma vila composta por taberna, ferreiro e casas de alguns personagens. Já Artena é uma aldeia com uma construção mais simples e, ao mesmo tempo, mais exuberante e arborizada. Lá, além das casas de alguns personagens, estão as barracas de Amália (Marina Ruy Barbosa) e a loja de tecidos de Virgílio (Ricardo Pereira).
A parte interna do castelo de Montemor, incluindo os quartos de Rodolfo (Johnny Massaro), Afonso (Romulo Estrela), rainha Crisélia (Rosamaria Murtinho), a sala de jantar, o salão com trono, entre outros espaços, foi reconstruída em um intenso trabalho da equipe após o incêndio no galpão de apoio às gravações da novela, em novembro.
O trabalho de pesquisa para a produção de arte de Deus Salve o Rei levou cerca de seis meses e, segundo a produtora Nininha Médicis, foi preciso confeccionar boa parte das peças, desde as carruagens até as cerâmicas e copos, além das comidas, animais de caça e livros que compõem a decoração dos ambientes do cenário.
Os objetos de luta, como espadas, machados, arcos e flechas, foram comprados na Espanha e em Portugal. Já os escudos e lanças foram produzidos em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.
"Além das espadas de verdade, estamos fazendo outras peças para as cenas com cavalos e de luta, de poliuretano e polipropileno, que podem quebrar sem machucar", conta.
Grandes banquetes são uma característica marcante do período medieval. Por isso, quase todos os ambientes dos núcleos nobres serão recheados por elementos que compõe este tipo cenário. São centenas de copos, canecas e pratos dos mais diversos materiais – barro, madeira, estanho, pedra sabão e osso. Nas cozinhas dos castelos, ganham destaque os panelões de ferro, as cestarias, os animais de caça como javali, coelho e codornas.
Bandeiras, mapas, iluminuras, quadros e pinturas também estarão presentes.
"Criamos as bandeiras dos dois reinos, porque era uma forma de identificação na época. Os quadros que decoram os ambientes são inspirados em obras já existentes e produzidas manualmente. Deus Salve o Rei é uma obra com licença poética capaz de criar seus próprios códigos e hábitos. Criamos nossos próprios protocolos, já que não vamos seguir uma regra de comportamento, como formas específicas de se portar à mesa ou de cumprimentar", exemplifica.
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