Conheça Diego Campagnolli, o 1° homem a interpretar Dercy
Por Redação - 10/06/15 às 09:01
Chacrinha O musical vem fazendo bastante sucesso tanto no Rio de Janeiro, como em sua atual temporada em São Paulo. Além disso, também ganhou o espaço na telinha com cinco episódios no canal a cabo Viva.
Com um grande elenco contando com o renomado Stepan Nercessian interpretando o Velho Guerreiro, outro artista também vem ganhando destaque por sua atuação, versatilidade e caracterização, Diego Campagnolli.
Ele é o primeiro homem a fazer Dercy Gonçalves, que já foi interpretada por inúmeras mulheres no cinema e no teatro. Porém, até chegar ao atual sucesso a caminhada foi bem longa.
"É uma honra fazer a Dercy, mas não foi uma coisa que caiu do céu. Completei 16 anos de carreira, já fiz várias peças, em 2012 fiz uma do Looney Tunes. Porém, era uma coisa que apreciava mais a parte corporal. Eu sempre dancei, mas venho fazendo cursos de canto e posso dizer que sou um cantor hoje em dia", disse o ator a O Fuxico.
E, para quem pensa que foi tudo normal para este papel no musical, a história de Diego Campagnolli para fazer Dercy valeria um filme.
"Em 2014, eu descobri a audição do musical pelo Instagram. Tinha que gravar um vídeo cantando e fui pré-selecionado. Mas eu só soube da convocação através de um e-mail que chegou com a descrição: 'Mudança do local da audição'. Na hora, eu não entendi nada, mas aí eu fui ver e o e-mail original caiu no Spam. O detalhe é que faltavam dois dias para a minha audição. Foi uma coisa de destino mesmo, porque o local antigo pegou fogo e eles precisaram mandar o e-mail informando o novo local".
Porém, Diego contou que o sonho em fazer sucesso como ator falou mais alto.
"Falei com meu professor de canto e ele falou pra eu ir. Preparei tudo rapidinho. Cantei uma música do Sidney Magal, lembro até hoje, foi no dia 22 de julho, três dias antes do meu aniversário. Esperei um tempo, mas não me ligaram e nem falaram nada, aí fui embora chateado. Peguei o ônibus, mas quando estava em Resende (no Rio), a secretária me ligou dizendo que me queriam lá de volta. Então, cheguei em São Paulo, só dormi, acordei e voltei para o Rio de Janeiro, porque o Andrucha (diretor da peça) queria me ver. Depois de tudo isso, voltei para São Paulo e cinco dias depois recebi a notícia que tinha sido aprovado".
Esta é sua primeira peça de reconhecimento nacional, mas Diego revelou que não fez o teste já sabendo que faria Dercy ou Russo.
“Fui aprovado para personagens masculinos, não fiz teste pra eles (Dercy e Russo). O Russo não tinha no texto e a Dercy apareceu no quarto dia de ensaios, quando fomos para o segundo ato. No início não era eu que ia fazer a Dercy, mas fizeram um teste e eu comecei a cantar ‘a perereca da vizinha tá presa na gaiola…’ e encontraram a Dercy em mim. Com relação ao Russo, demorou um mês para ele aparecer, teve um reunião de cúpula e decidiram que ia ter o Russo e quem ia fazer seria eu. Foi mais um presente”, disse o ator, lembrando que o ex-assistente de palco e sua família ficaram muito emocionados, quando foram assistir ao espetáculo.
E durante os espetáculos, Diego é o responsável por chamar os famosos da plateia para fazerem uma participação durante o show.
“É muita loucura, a gente sabe alguns (famosos) que estarão na plateia. Eu até brinco que é 95% eu escolho e 5% eu recebo ordens, porque nem todos os artistas e diretores sabem que estão lá assistindo”, contou.
Diego contou que já teve a oportunidade de conhecer muitos famosos com essa brincadeira e criou até uma “amizade” com Xuxa. Porém, uma artista o deixou paralisado quando a encontrou.
“Quando a Fernanda Montenegro apareceu por lá, eu não consegui falar. Ela estava tomando uma água no copinho de plástico mesmo, bem simples, conversando com o pessoal de backstage. Uma menina até pediu para eu tirar uma foto e eu simplesmente tirei e fiquei parado. Foi um choque para mim”.
Sobre o medo de ficar rotulado como Dercy, Diego contou que não tem problemas quanto a isso.
“Não tenho medo de ficar rotulado, não. Eu acho que na minha atual fase, em 16 anos de carreira, eu tive medo, muito receio, mas muitas alegrias. Eu brinco que a gente não tem uma carreira, é uma corrida. Eu estou com 27 anos hoje, se eu tiver medo, receio, vem um de 18 e faz tudo o que eu não quis. Então, para mim, tudo o que vier é lucro”.
Sobre futuros projetos, Diego contou que ainda não tem nada em vista e que ainda pretender ficar focado e colher os frutos de Chacrinha – O Musical.
“Oportunidades sempre aparecem, sempre tem um diretor assistindo a gente, mas o importante é não ligar muito para isso agora, para não perder o foco”.
Chacrinha – O Musical fica em cartaz até o dia 26 de julho no Teatro Alfa, em São Paulo. Os espetáculos ocorrem todas as sextas-feiras às 21h30, aos sábados às 16h e às 20h e domingos às 17h.
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