Conheça trechos do livro de Caio Castro
Por Redação - 18/08/16 às 09:49
Decidido a dar a volta ao mundo, Caio Castro tirou um ano sabático e passou por Tóquio, Los Angeles, Washington, cruzou a Rota 66, foi a Paris e a cidades de Portugal, além de ter visitado destinos brasileiros, como a Amazônia e Fernando de Noronha. Parte dessas aventuras estão registradas no livro É Por Aqui Que Vai Pra Lá, obra que será lançada em setembro pela Globo Estilo, um selo da Globo Livros.
De um jeito bem informal, Caio narra sua experiências no exterior (ele chegou a trabalhar em uma oficina mecânica em Washington), fala de uma paixão arrebatadora por uma estudante, conta um acidente de snowboard e trechos de viagens com os parentes.
Confira algumas histórias, reveladas pelo jornal O Globo.
No Japão, Caio visitou uma boate, onde conheceu uma brasileira que foi para o hotel com ele. Mas a experiência não foi bem-sucedida:
"(…) Era um bar normal, as minas arrumadas como em uma balada, educadas, tudo que o cara tinha nos dito. Não tinha absolutamente nada de sexual ali, era um lugar bem bacana. Daí conheci uma brasileira linda que morava lá, também perguntei como funcionava aquilo e ela disse que o lance era mesmo a carência dos japoneses, o fato delas (sic) darem atenção e tal. Como nos demos bem, combinamos de nos ver depois do trabalho dela, num restaurante. Conversamos, comemos e ela acabou indo pro hotel comigo, foi bem bacana. Mas me lembro que, quando cheguei, tirei tudo do bolso, celular, chave, carteira, e num dos bolsos tinha dinheiro, que deixei em cima do criado-mudo. Quando acordei, ela já tinha ido embora e o dinheiro tinha sumido. Fiquei numa dúvida enorme, ficou o mistério. Mas deixei essa história pra lá".
Quando viajou para o Colorado para fazer snowboard, ele caiu e quebrou o punho. E foi parar no hospital. Ao receber a conta de R$ 8 mil, decidiu adiar o pagamento.
"No hospital, eu lembro da mulher me falar que, se eu sentisse muita dor, deveria tomar o remédio tal, que ela me deu. Mas era forte pacas, me deu um barato, fiquei meio louco. Dava umas alucinações. Teve um dia em que eu tomei só pra ver uns passarinhos voando ao meu redor, parecia que eu tava meio flutuando, era engraçado. O que não foi engraçado foi a conta do hospital. Era tipo uns oito mil reais pelo que eles tinham feito, que foi chapa, exame e o remédio. Pensei: "Pô, não tenho esse dinheiro pra dar assim, e agora, o que eu faço?". Minha amiga também não sabia, a gente simplesmente não tinha aquele dinheiro. Falamos que não tínhamos ali na hora, daí eles falaram que iam mandar a cobrança pelo correio. Acabei dando um endereço qualquer. Teria que resolver isso mais pra frente".
Caio também se apaixonou durante o período que passou fora do país. Em Las Vegas, conheceu uma brasileira em uma pool party. Quando foi para Orlando, ficou com a "garota na cabeça" e decidiu surpreendê-la. Inventou uma desculpa para conseguir o endereço dela e descobriu que ela estudava e morava em San Diego. Pegou um voo para lá e a surpreendeu.
"Nossa, essa hora foi tensa e incrível ao mesmo tempo. "O que cê tá fazendo aqui?" Estávamos conversando normal, mas na minha cabeça cada pergunta e resposta eram seguidas por um minuto de silêncio. "Fedex, sua encomenda chegou!" "Ai, você é louco, como assim?" Daí ficamos naquelas, sem saber bem o que falar, e ela me perguntou o que eu tinha ido fazer lá. "Ué, vim te ver." (…) Ficamos batendo papo, se reconectando, e ela falou pra gente ver o pôr do sol na praia. (…) Estávamos em uma galera conversando, tomando cerveja, batendo papo e o sol começou a se pôr, incrível, no mar. Falei pra andarmos de skate, daí a coloquei nele e fui empurrando, o sol baixando, a gente trocando uns beijinhos, que momento incrível. E pensei nessa hora: "Ferrou. Tô apaixonado. Vou me envolver sério aqui". (..) Aquele lugar ficou com a cara e o cheiro dela pra mim, mesmo quando voltei depois, sem termos mais nada. Depois de uma temporada de viagens curtas, chegou a hora de eu voltar pro lado da Europa, e parecia que a gente sentia que não ia se ver de novo. No dia que eu ia viajar, acordei cedo, na sala ela tinha uma canga na parede com assinaturas de amigos, e eu escrevi nela: "Se há uma razão pra eu voltar pra Califórnia, a razão é você", e botei um coração. Era uma despedida, mas nenhum de nós estava aceitando aquilo. (…) Foi a última vez que nos vimos. Nos falamos ainda pelo telefone, mas daí eu fui indo de um lugar pro outro, perdi meu celular algumas vezes e fui perdendo o contato com ela. Muito tempo depois, já no Brasil, soube dela porque um amigo meu estava namorando uma amiga dela, que disse que eu tinha sido um idiota e sumido. Pedi o telefone dela pelo amor de Deus e liguei. Ela estava p@ta comigo, expliquei tudo que eu tinha passado e tal, mas ela tinha conhecido alguém e estava quase casando. Fiquei mal em saber, mas minhas viagens tinham acabado levando àquilo. A vida aconteceu."
Redação
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