Corpo de Rogéria será velado no Teatro João Caetano, no Rio
Por Redação - 05/09/17 às 07:00
A partir das 11h desta terça (5), o corpo de Rogéria começa a ser velado no Teatro João Caetano, no Centro do Ro de Janeiro, para amigos e pessoas mais próximas. À partir das 13h, a cerimônia será aberta ao público.
Na quarta-feira (6), o corpo será enterrado na cidade de Cantagalo, onde Rogéria nasceu, na Região Serrana do Rio.
Rogéria morreu na noite de segunda-feira (4), por conta de um choque séptico e o Hospital Unimed-Rio liberou seu corpo no final da madrugada desta terça-feira.
Segundo o local, a atriz estava internada desde dia 8 de agosto, tratando de uma infecção urinária. No final do mês, Rogéria chegou a receber alta da UTI onde estava e ficou em um dos quartos do hospital.
Um mês antes, Rogéria deu entrada na Clínica Pinheiro Machado, no bairro de Laraneiras, também no Rio de Janeiro, com um quadro de infecção generalizada,seguido de uma crise convulsiva.
Em 2015, numa entrevista exclusiva a OFuxico, entre muitas coisas das quais soltou o verbo, Rogéria respondeu a questão de pensar em entrar para a política:
"Política? Deus me livre, nunca, nem pensar. Somos veados não somos ladrões. Precisamos mesmo é cuidar do Brasil, dar mais estudos, e tirar gente que rouba do governo. Isso me dá tristeza. Pode olhar, não há nenhum trans no governo, porque não somos ladrões. Isso tudo é uma vergonha. Fui convidada nos anos 70, não quis, não quero me misturar. Não se tem escola pública decente, só vemos por aí crimes, roubos. Vergonhoso".
Trajetória
Nascida Astolfo Barroso Pinto, em cantagalo, no Rio de Janeiro, Rogéria foi maquiadora e vedete. Morou fora do país e fez seu curso de interpretação comoatriz no Actor Studio, em Manhattan Nova Iorque. Em 1964, estreou seu show no famoso reduto gay da época, oa Galeria Alaska, em Copacabana. virou figura assídua no auditório da Rádio Nacional, nos programas estrelados pela cantora Emilinha Borba e de quem era fã incondicional.
Ao vencer um concurso de fantasias no carnaval de 1964, tentaram renomeá-la de Astolfo, que por fazer a "linha executivo", foi chamado de Rogério, que levou o público a gritos de "Rogéria", inspirando seu nome artístico. Em 1979 recebeu o Troféu Mambembe pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo. Em 2016, lançou sua biografia Rogéria – Uma Mulher e Mais um Pouco, escrita por Marcio Paschoal. Participou de novelas como Tieta do Agreste (1989), Paraíso Tropical (2007), Duas Caras (2008Malhação (2012), entreoutras e também muitos programas de TV. Tinha um discurso forte, sempre colocando seus pensamentos sem papas na língua.
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