Corpo do lutador de Jiu-Jitsu Leandro Lo será velado e sepultado em São Paulo

O corpo do campeão de jiu-jitsu Leandro Lo será velado e sepultado nesta segunda-feira, 08 de agosto, no Cemitério do Morumby, na Zona Sul de São Paulo. O atleta foi morto com um tiro na cabeça, na noite de sábado, 06, pelo policial militar Henrique Otávio Velozo. Segundo um amigo do lutador que estava no local, o autor do tiro estava sozinho e provocou Lo e cinco amigos.

Lo foi socorrido no local por um médico que assistia ao show do grupo Pixote, e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, também na Zona Sul paulistana, mas não resistiu.

Inicialmente, o policial militar fugiu da cena do crime, mas na tarde de domingo, 07, se apresentou à Corregedoria da PM e teve a prisão preventiva por 30 dias decretada, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O velório se estenderá ao longo da manhã e início da tarde. O funeral de Leandro Lo está marcado para as 16h.

AMIGOS PROTESTAM EM FRENTE A DELEGACIA

Depois que o assassino de Leandro Lo se entregou à Corregedoria da Polícia Militar depois de a Justiça decretar, no fim da tarde deste domingo, a sua prisão temporária por 30 dias, mais de 40 lutadores, colegas e amigos do campeão mundial de Jiu-Jitsu protestaram.

Eles ficaram na porta do 17º Distrito Policial, no Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, à espera da chegada do tenente da Polícia Militar Henrique Otavio Oliveira Velozo.

Em frente à delegacia, o grupo gritava frases como “justiça”; “jiu-jítsu, unido, jamais será vencido”; “ele sujou a farda de vocês, ele não representa a PM” e pediam para que a polícia mostrasse o rosto do atirador. A polícia chegou a disparar gás de pimenta para conter o grupo, mas em pouco tempo a situação foi controlada.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves, o tenente seria levado para o 17º DP para ser ouvido e, em seguida, ao Presídio Militar Romão Gomes, na Zona Norte. Mais tarde, a polícia decidiu que ele iria direto para prisão. A partir desta segunda (8), o caso será investigado pelo 16º DP.

À noite, na delegacia, um advogado que se apresentou como defensor do PM se recusou a falar com a imprensa e não deu informações sobre o caso.

CLUBE SÍRIO E GRUPO PIXOTE EMITEM NOTA

Tanto o Clube Sírio, onde Leandro morreu, quanto o grupo de pagode Pixote, que realizava o show no local, emitiram nota sobre o ocorrido.  O clube ressaltou que não foi o realizador do evento.

“O Esporte Clube sírio se solidariza com a família do Sr. Leandro Pereira do Nascimento Lo, pelo lamentável incidente ocorrido na madrugada do dia 07 de agosto de 2022, em um evento realizado por terceiros.

Informamos que estamos colaborando com as autoridades responsáveis pela investigação e esperamos que o incidente seja esclarecido o mais rápido possível”, destacou a nota.

Já o Pixote lamentou a morte do atleta: “O grupo Pixote lamenta profundamente o ocorrido ontem no Clube sírio, em São Paulo, onde estávamos nos apresentando. Nosso sentimento aos familiares e amigos do lutador Leandro Lo. Desejamos luz e paz nesse momento”.

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