Cristina Nicolotti encanta adultos e crianças, no teatro

Por - 13/03/06 às 17:53

OFuxico

No último sábado, dia 11, aconteceu a pré-estréia da peça A Saga da Bruxa Morgana e o Enigma do Tempo, no Teatro Alfa, em São Paulo. No palco, a querida Rosi Campos interpreta a personagem principal, que conquistou o coração da garotada desde os tempos de Castelo Rá-Tim-Bum, e Luciana Vendramini vive duas épocas bem distantes: numa delas é a mãe da bruxa Morgana e na outra é a própria Morgana, quando jovem.

Mas, no elenco, uma atriz que chama a atenção na superprodução escrita por Claudia Borioni é Cristina Nicolotti, que interpreta o fiel servo do vilão Medíucrus (Carlos Briani), batizado de Quiprocó. O personagem conquistou a garotada logo de cara, por conta de seu jeitão despachado e engraçado.

Currículo

Nicolotti já participou de muitas novelas, minisséries, peças de teatro, foi a primeira mulher a se tornar vendedora, no canal de compras Shop Tour, parou todas as suas atividades durante dois anos, por conta de uma cirurgia plástica mal-feita. Teve um programa de variedades na Rede Mulher, ganhou prêmio APCA e agora volta ao teatro, com a personagem que considera seu grande presente.

OFuxico: Quando foi seu início na vida artística?
Cristina Nicoletti:  Meu DRT é antigo (risos). Sempre fui atriz, na verdade. Já fiz minisséries, novelas com Walter Avancini, fiz a primeira peça de teatro em 1979. Daí, comecei a fazer o Shop Tour, que foi um verdadeiro divisor de águas na minha vida. Trabalhei com vendas de 1989 a 1999, 10 anos. E fui a primeira mulher a trabalhar nessa área, num programa de tevê.

OF: A plástica mal-sucedida foi o motivo de você se afastar, não foi?
CN: Sim, com certeza! Fui internada para uma cirurgia simples, para retirada daquelas gordurinhas que aparecem abaixo do olho, sabe? A operação duraria apenas duas horas, mas o médico acabou me causando traumas horríveis: mexeu em um nervo ótico, que me causou paralisia tanto nos olhos como na face. Minha boca ficou torta; passei dois anos entrando e saindo de centro cirúrgico, para realizar cirurgias reparadoras, até ficar com meu rosto normal novamente.

OF: Depois disso, você voltou para a tevê?
CN: Sim. Tive um programa no Rio de Janeiro, durante um ano e meio. Também tive um programa de variedades na Rede Mulher, chamado Casa São Paulo. Daí, voltei a fazer teatro na peça O Mistério de Gioconda, com direção de Bibi Ferreira e agora o Quiprocó, da bruxa Morgana.

OF: Como nasceu o Quiprocó?
CN: Eu e Claudia Borioni somos amigas de infância. Passamos a adolescência muito grudadas e juntas. Durante uma brincadeira, criamos um personagem chamado Zé Pidão, um pouco pornográfico (risos), mas muito mais simpático que o Quiprocó. Quando começaram as leituras para a peça, recebi o personagem Quiprocó e não tinha muita idéia de como colocá-lo pra fora. Perguntei pra Claudia como fazer e ela sugeriu: “Por que não tenta fazer o Zé Pidão"? Fiz, e parece que deu certo!

OF: Esse seria então um presente?
CN: Sim, com certeza, o grande presente que ganhei na vida, pois nem eu nem ela fizemos o personagem separado, por uma questão de amizade. Agora, juntas, o colocamos em cena, numa versão infantil.

OF: Como foi a recepção das crianças, depois da peça?
CN: Nossa, uma lou-cu-ra! Elas queriam beijos, autógrafos, uma foto… Me olhavam com cara de encanto, uma aprovação para o meu trabalho. O Quiprocó, por mais que tente ser mau, demonstra sua fragilidade e bondade em cena. As crianças percebem bem isso.

OF: Ouvi dizer que a Record está sondando você. É verdade?
CN: É sim. No domingo (dia 12), logo depois da peça, um representante da Record me chamou e me convidou para participar de testes na emissora.

OF: E se pintar um convite para vendas novamente, você aceita?
CN: Não posso dizer que dessa água não beberei. Mas, no momento, não quero ganhar dinheiro. Quero ser feliz! Pretendo trabalhar muito, e retorno com esse personagem tão especial. Sou uma vendedora com credibilidade, pois nunca vendi nada em que não acreditasse. Amava vender, mas o trabalho tem de ser legal, para render. Por enquanto, vou só atuar.

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