Crítica |13 Reasons Why precisava de uma 2ª temporada?

13 Reasons Why ganhou sua segunda temporada há uma semana e parece que não está agradando tanto quanto a primeira e eu explico a razão do descontentamento.

Depois de uma primeira temporada intensa, com as 13 fitas e uma temática importantíssima, envolvendo suicídio e bullyng, a segunda temporada chegou na Netflix com objetivo de solucionar algumas questões que ficaram no ar, mas tudo ficou bem confuso.

Um dos maiores erros dessa temporada foi a decisão de arrastar essa segunda etapa por 13 longos episódios de quase 1 hora de duração cada um. De forma beeeeem lenta, acompanhamos o julgamento da Liberty High School e as pessoas, que de alguma forma estavam envolvidos com Hanna Baker, contando seus respectivos pontos de vista.

Porém, diferente da primeira temporada, em que tínhamos uma história forte envolvendo dois personagens principais (Hanna e Clay), agora vemos um roteiro que oferece espaço para muita gente poder falar, deixando o espectador confuso e sem saber qual é o real foco.

Com exceção do arco da personagem Jéssica (Alisha Boe), que tem o melhor desenvolvimento, os outros personagens acabaram se perdendo em detalhes desnecessários e fora de rumo.

Preciso ressaltar que, apesar dos pontos negativos, 13 Reasons Why é um seriado de uma o importância ímpar, já que aborda temas como bullying, depressão, suicídio e vícios, que PRECISAM SER DISCUTIDOS dentro e fora de casa e das escolas. Mesmo com erros na construção dessa segunda temporada, o maior acerto de 13 RW é trazer à tona discussões tão delicadas.

O final da segunda temporada insinua alguns ganchos para uma terceira, mas, cá para nós, não há necessidade de seguir com uma história que já acabou e já deu seu recado para o mundo.