Crítica | 6ª temporada de House of Cards

Por - 08/11/18 às 22:40

Divulgação/Netflix

House of Cards foi o divisor de águas na vida da Netflix. Logo no início, quando ninguém sabia o que era e como aplicar a expressão binge-watching no vocabulário, a plataforma de streaming chegou com a união dos talentos de Kevin Spacey e Robin Wright e o ato de maratonar começou a dominar o mundo. 

Com David Fincher como produtor executivo, House of Cards sempre foi uma série refinada, com atuações impecáveis, uma trama intensa, inteligente e que nos levava para o mundo e submundo dos bastidores políticos americanos. 

Porém, depois de cinco temporadas, Kevin Spacey foi afastado da série, após acusações de assédio sexual virem à tona, e o seriado precisou arranjar uma saída para lidar com a ausência de Frank Underwood e arranjou. 

Com muita naturalidade, vemos a morte de Frank Underwood acontecer como se tudo já estivesse planejado desde o primeiro episódio. Porém, apesar do "fantasma" do ex-presidente dos Estados Unidos assombrar os oito episódios da última temporada, Robin Wright carrega com elegância a trama.  

Na sexta fase da série, vemos Claire Underwood assumindo a presidência e tendo que bater de frente com antigos aliados, Annette (Diane Lane) e Bill Shepherd (Greg Kinnear), além de Doug Stamper (Michael Kelly). Levantando a bandeira do feminismo e com um roteiro cheio de reviravoltas intensas, imprevisibilidade e vários crimes, assistimos uma Claire estrategista, fria e calculista que coloca toda sua força em evidência e as cartas na mesa. 

Depois de flertar como protagonista na quarta e quinta temporada, Robin Wright ganha os holofotes e encerra House of Cards com maestria, astúcia e toda elegância que só Claire Hale (quem já assistiu vai entender!) tem.

 

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