Crítica | A Maldição da Chorona

Por - 18/04/19 às 02:07

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Pode preparar a pipoca, pois A Maldição da Chorona é puro entretenimento. Assim como A Freira, o novo filme da franquia Invocação do Mal chega aos cinema com o objetivo de divertir, assustar e prender sua atenção do começo ao fim e cumpre todas essas funções. A única e melhor diferença entre as duas produções é o fato de A Freira se levar a sério demais, enquanto Chorona diverte e acerta exatamente pelo oposto. 

Marcando a estreia de Michael Chaves, pupilo e braço direito de James Wan, como diretor em um filme desta proporção, fica inegável a escola que Chaves teve com Wan. Com uma direção cheia de jump scares e momentos tensos, nos quais cobrimos os olhos para tentar amenizar um pouco o susto, Michael estreia bem no universo do terror. Diferente de Invocação do Mal, em que temos um clima denso e “pesado” do início ao fim, o direto optou por momentos de alívio cômico (vide o personagem Rafael, interpretado por Raymond Cruz), que fazem o cinema rir e relaxar. 
 
A Maldição da Chorona é inspirado em uma lenda mexicana de uma mulher que descobre a traição do marido e acaba afogando os dois filhos, como uma forma de puni-lo. Arrependida, ela se joga no mesmo rio e passa a assombrar a vida de famílias/crianças para substituir seus filhos.  Com essa história de pano de fundo, os roteiristas Mikki Daughtry e Tobias Iaconis impõem uma narrativa interessante no primeiro ato, mas trabalham de forma rasa na história e  em seus personagens centrais, que poderiam ser muito mais intrigantes e bem desenvolvidos. O destaque fica para Linda Cardellini (Vingadores: Era de Ultron), que consegue passar todo pavor de sua personagem e entrega mais do que o roteiro tem a oferecer.
 
A escola de Wan e a direção precisa de Chaves (que está confirmado como diretor de Invocação do Mal 3) fica mais do que presente nas melhores cenas de Chorona. É nos momentos tensos em que a casa range, o silêncio domina e nos preparamos para assustar que vemos a base de James aplicada na direção de Michael. 
 
Usando de um terror clichê e mais explícito, já que vemos o rosto, o vestido e os detalhes da assombração, o filme oscila entre momentos de pura tensão para cenas de alívio, onde temos tempo de respirar e esperar pelo próximo susto que virá.
 
A Maldição da Chorona tem seus defeitos, mas cumpre o que promete: Diversão e entretenimento em seus 93 minutos de duração.
 
Entrevista com elenco!
 
 
 

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